sexta-feira, setembro 01, 2006

18 de Agosto de 2006 / número 1

Um fim-de-semana em Lisboa

No dia 8 de Agosto a professora perguntou o que é uma tasca:
“casa de pasto muito modesta, taberna” – o dicionário é demasiado sintético, urge uma procura cuidadosa…

No dia 12 de Agosto estive na Tasca do Chico, em Lisboa, para descobrir este lugar misterioso. A primeira impressão é boa, o lugar parece agradável. No tecto estão muitas bandeiras de futebol e nas paredes estão muitas fotografias de cantores e cantoras, creio que famosos, mas desconhecidos para mim com nomes estranhos como Maria Jo Jo.
Tomo uma cerveja com os meus amigos e descubro que os empregados de mesa são amáveis. As pessoas são muitas, as cervejas são boas, muitas palavras passam no ar e com as palavras passa o tempo também. A noite é jovem. É tempo de ir…

Riccardo Tognaccini “Pablo”




A estudante de Português debaixo da Torre de Babel

Na noite de Domingo preparei-me, finalmente, para fazer a entrevista sobre os pratos tradicionais portugueses à vizinha do meu namorado. Mas a senhora decidiu, incrivelmente, sair de casa. Saí depois para procurar um restaurante para jantar com o meu namorado. Resolvi fazer a entrevista a uma senhora portuguesa, daquelas que se encontram pelas ruas. Não andei mais de duzentos metros e encontrei a senhora que precisava.

Ao tentar entrevistá-la descobri que não ia ser fácil como pensava. A senhora não estava disposta a falar dos pratos tradicionais portugueses, com a desculpa de que ela “viveu mais anos na França do que em Portugal”. De facto, começou a falar em francês com o meu namorado. Mostrou-se disposta a acompanhar-nos a um restaurante no centro da cidade, onde íamos poder fazer a entrevista. Aceitei a ajuda dela e fomos até ao restaurante. Olhei para o rosto do meu namorado e percebi que se passava alguma coisa estranha.
A senhora prosseguiu com um andar lento e incerto pelas ruas íngremes, às vezes falava muito tempo connosco, mas eu não entendi nada. Evitou todos os restaurantes pequenos que encontrávamos porque “estão fechados”, não obstante as luzes acesas e os clientes sentados. Levou-nos a uma pastelaria, depois a outra e finalmente levou-nos para o restaurante mais caro do centro da cidade. Explicou que ao empregado que nós queríamos comer e despediu-se de nós. Pedi dois cafés e sentei-me num ângulo escondido, à espera que aquela senhora saísse de vista. Depois, ao falar com o meu namorado, descobri que a nossa guia tão gentil e simpática não falou connosco francês nem português, mas uma mistura das duas línguas.

Chiara Orlandini



Um dia na Covilhã

São 9 horas e os alunos de Erasmus vão às aulas na Universidade da Beira Interior, para estudar português. Há três grupos: dois de primeiro nível e um de segundo nível.
As aulas acabam às 13 horas. Mais ou menos às 10h 30m temos um pequeno intervalo para o pequeno-almoço.
Os alunos vão à cantina da Universidade. Ao almoço alguns vão para a cantina da residência e outros vão para casa deles e cozinham a sua comida.
Depois do almoço, fazemos as actividades do dia: ir à piscina ou aos poços. À segunda e quarta-feira vamos ao polidesportivo jogar futebol ou basquetebol.
Jantamos todos na residência e depois falamos “em português” sobre nós, sobre o dia, sobre os nossos países, sobre Portugal…
Também tomamos cervejas, anis, vinho do Porto, aguardente e mais coisas que apanhamos.

Josep Maria Olivé
Javier Pedraz





O fim-de-semana em Lisboa

Eu e alguns dos meus amigos fomos a Lisboa no fim-de-semana passado. Estivemos lá de sexta a terça-feira. Estes dias foram como umas mini-férias. Saímos da Covilhã às três horas da tarde e chegámos a Lisboa às seis.
Quando lá chegámos, fui beber uma cerveja a um café com o meu namorado, a Jil e a Eva. Fomos ao parque de campismo onde a Benhaz e os seus amigos alemães estavam. Ficava mesmo perto do mar.
Na primeira noite, bebemos e os amigos da Benhaz tocaram guitarra. Foi muito divertido!
No sábado, levantei-me tarde com o sol a acordar-me. Depois, fomos à praia. A água estava muito bonita. Fiquei muito contente por vê-la. Mais tarde, fomos ao centro da cidade. Para lá chegarmos, tivemos de apanhar um autocarro e, depois, um barco. Visitámos muitas coisas, tais como um castelo, praças (Praça Marquês do Pombal), lojas, monumentos, … À noite, encontrámos dois colegas, o Ricardo e o Valerio, e fomos todos para a Baixa, onde bebemos e dançámos até de manhã. Foi espectacular!
A maior parte do dia de domingo foi passada a dormir, pois só acordámos por volta das cinco da tarde. A essa hora, fomos para a praia. À noite, regressámos para o parque e não saímos mais porque estávamos muito cansados.
Na segunda-feira, levantei-me cedo para ir procurar casa, mas não encontrei. À noite, jantámos num restaurante típico. Comi uma sopa e um bacalhau com batatas. Depois, passeámos pela Baixa da cidade e ouvimos Fado num bar. Foi muito agradável, pois encontrámos portugueses e brasileiros e, assim, pusemos o nosso português em prática. Mais tarde, voltámos para o parque.
No dia seguinte, eu a Benhaz, a Jil e o Sylvain levantámo-nos muito cedo (às oito) porque tínhamos autocarro para a Covilhã às dez. Então, tomámos o pequeno almoço no bar do parque. Eu comi um pastel e uma laranja e bebi um café.
Adorei estes dias!

Elise Fayol


O Aniversário do “Pablo”

No dia 10 de Agosto foi o aniversário do Riccardo e nós decidimos fazer-lhe uma surpresa, organizando uma festa na residência. Convidámos todos, os monitores e os professores também. A festa foi no dia 9 de Agosto porque no dia 11 tivemos um teste de português e não quisemos festejar no dia antes do teste.
À tarde, o Francesco, o Peter e o Josep foram até ao supermercado no carro do Peter para comprar as velas, o pão, a Nutella e as cervejas. Todas as compras foram escondidas no quarto da Tugba, no primeiro andar, porque o Riccardo não podia vê-las.
A festa foi no estacionamento da residência porque à noite a temperatura estava muito agradável. Enquanto o Riccardo estava a tomar um duche, o Emre e o Ali trouxeram as mesas para o estacionamento e puseram as bebidas em cima delas.
Quando o Riccardo terminou o duche as coisas não estavam prontas e o Emre falou com ele, perguntou muitas coisas estúpidas para o reter no quarto.
Às 11 horas chegaram os professores e os monitores. Todos tentaram fazer a Rita beber, mas ela teve de conduzir o carro e recusou todos os copos que nós oferecemos.
À meia-noite, seis raparigas desceram as escadas com o pão, a Nutella e vinte e duas velas. Todos cantaram “Parabéns a você”, comeram os bolos e brindaram à saúde do Riccardo. Ele tentou apagar as velas, mas não conseguiu porque eram velas mágicas.
Depois, os amigos da Behnaz tocaram guitarra e também as panelas para marcar o compasso. O Bart tocou com eles e destruiu um tacho no chão. Todos cantaram juntos e fumaram o narguilé deles.
A festa continuou até de madrugada e nem todos foram às aulas no dia seguinte.

Francesco Gallio



A Residência: A mistura de culturas

Quando nos pediram para escrever um artigo sobre as últimas duas semanas, muitos foram os assuntos em que pensámos: a piscina, os poços, as excursões para conhecer a cultura portuguesa. Podíamos escrever muito, mas o evento mais importante deste curso de Português, EILC 2006, é simbolizado pelo encontro de diversas culturas num espaço comum: a RESIDÊNCIA.
Este lugar, situado numa subida, talvez infinita, é dividido em andares onde estão misturadas diversas nacionalidades e onde se sabe existir algumas festas misteriosas…
Esta é a experiência do nosso andar, o segundo.
Como a chegada foi gradual, foi difícil sentirmo-nos como um grupo e foi só com a chegada dos penúltimos que isto começou a mudar. Nesta hora foi claro que esta viagem não ensinaria só a língua portuguesa, mas melhoraria também a apreciação de variadas culturas europeias.
Começámos a partilhar elementos das nossas culturas que são, surpreendentemente, diferentes.
As diferenças chegaram a ser mais evidentes nos assuntos insignificantes, como as horas a que estamos acostumados a jantar, mas nós resolvemos isto com a partilha de diferentes pratos típicos. Não comemos a mesma refeição todas as noites, pelo menos conhecemos os brindes de uns e doutros.
Como resultado destas duas semanas sentimo-nos mais ricos culturalmente e intelectualmente e agora esperamos aprender melhor a cultura e a língua portuguesa.

Jessica Smith
Natascia Nicoleti

A Minha Experiência

Estou na Covilhã há duas semanas. Eu sempre achei que as pessoas do meu país são simpáticas mas estava enganada. Desde que cheguei aqui, mudei de opinião. Agora sei que os portugueses são muito simpáticos. Porquê? Aqui tenho alguns exemplos:
No aeroporto… Desembarquei do avião à noite e não sabia ir para a estação de comboios; um senhor polaco disse-me que o melhor é ir de táxi, mas eu encontrei um senhor português que me levou à estação, mostrou-me onde comprar um bilhete e graças a ele, não tive problemas com a chegada à Covilhã
Na mercearia Eu quis comprar açúcar mas a senhora só tinha açúcar numa embalagem grande. Eu não precisava de tanta quantidade de açúcar como ela me sugeriu e por isso ela deu-me menos açúcar de graça. Os portugueses são formidáveis. Estou muito contente porque tenho a possibilidade de estar aqui.
Dorota WYSOK


As nossas excursões

Quarta-feira, dois de Agosto Covilhã, Museu dos Lanifícios
Aprendemos algumas coisas sobre a História dos Lanifícios e da Covilhã.

Quinta-feira, três de Agosto Belmonte
Primeiro, visitámos o Museu do Azeite e aprendemos alguns dos processos que estão na base da sua produção. Depois, fomos a um Museu relacionado com o rio Zêzere, especialmente sobre a sua evolução e a intervenção do Homem na sua “vida”. Em terceiro lugar, fomos visitar o Museu Judaico, onde vimos imensos objectos relacionados com a cultura judaica. Por fim, visitámos um castelo medieval situado no cume da vila. Tirámos fotografias lindíssimas.

Sábado, cinco de Agosto
Pinhel, Manigoto, Malta
À dez horas, saímos da residência e fomos para Pinhel. Nesse local, visitámos uma igreja e alguns castelos. A seguir, almoçámos maravilhosamente bem. Posteriormente, descansámos nas margens de um rio. Jantámos um prato tradicional acabámos o dia em festa.

Quinta-feira, dez de Agosto Sortelha
A estrada para Sortelha é estreita e cheia de curvas.
Esta é uma aldeia medieval e é lindíssima. Tem uma muralha que abrange uma área relativamente grande e algumas torres no seu interior. As casas são todas pequenas.

Hansjörg Schmidt



As minhas impressões sobre Portugal

Portugal é um país que vale a pena visitar. Todos os anos há imensos turistas que vêm conhecer esta terra. Lisboa é a capital. É das mais antigas capitais da Europa. Tem uma cultura e uma história fantásticas. Esta cidade tudo viu: partidas e reencontros, um terramoto e o desejo da construção de um futuro, alegrias e tristezas.
Lisboa é uma cidade aberta a todos os visitantes, por isso, há diversos hotéis que oferecem imenso conforto. O centro da cidade é bonito. Neste local onde podes tomar café ou comer pratos tradicionais nos diferentes restaurantes e bares. Para além disso, há uma grande oferta de meios de transporte de qualidade, tais como o metro, o autocarro e o comboio, que passam com grande frequência por toda a cidade. A uma hora da cidade fica Alpiarça, que tem uma magnífica vista para o rio Tejo. Este local merece uma visita.
Outra das cidades que se pode visitar é o Porto, que é também lindíssimo e fica perto do mar. Tem, igualmente, belas paisagens. No Porto, há muitas Universidades e uma vida nocturna muito interessante. Como tal, os estudantes divertem-se bastante.
A Guarda, Belmonte, a Covilhã, Sortelha e Aveiro são outros dos locais, mais pequenos, que são dignos de visita. Nas regiões do Interior há imensos museus e montanhas.
Como se pode ver, Portugal, apesar de pequeno, é um país que se deve visitar. Portugal é hoje o que sempre foi: um país de gente simpática, um país do mundo, um país com uma história interessante para descobrir.

Dimitra Bougla


Os lugares mais bonitos da Covilhã

Estou na Covilhã há duas semanas. Se calhar não é o tempo suficiente para conhecer a cidade, mas penso que já vi a maior parte.
Na minha opinião, a Covilhã não é extraordinariamente bela. As outras localidades portuguesas que visitei são mais bonitas. Digo isto, porque é uma cidade industrial com muitos edifícios modernos. Por outro lado, tem também locais muito antigos. Um dos locais mais bonitos da cidade é, a meu ver, o jardim e a praça. Mas o sítio mais bonito é a área da Reitoria da Universidade.
Este edifício é antigo e tem, à sua volta, muros, escadas e banquinhos também antigos. Há um jardim grande e uma fonte. Podemos encontrar amoras pretas por todo o lado. Sinceramente não entendo como é que ninguém as come. As árvores estão cheias de frutos doces. Nós também temos destes frutos na República Checa, mas não são tão grandes.
Este é o meu local preferido da cidade. É o lugar ideal para descansar e estudar!

Eva St´astná


Uma visita a Sortelha

Na quinta-feira, 10 de Agosto de 2006, os alunos do Curso de Verão de Português para Estrangeiros foram visitar a aldeia de Sortelha. Esta aldeia está a 39 quilómetros da Covilhã e de autocarro demora-se uma hora.
O interesse de Sortelha está na sua arquitectura e também na excelente recuperação das casas.
Nós tivemos a oportunidade de visitar o castelo militar, admirar a paisagem do vale e caminhar pelas ruas tranquilamente durante mais de duas horas.
Pudemos caminhar sobre as muralhas que são o perímetro defensivo da aldeia e revelam uma laboriosa adaptação à extrema irregularidade topográfica.
Subimos a torre sineira, próxima da igreja matriz de Nossa Senhora das Neves que tem dois sinos da Fundação Braga e visitámos o Museu do senhor José Ruiz, perto da casa Árabe.
O senhor Ruiz disse-nos que actualmente só moram, na aldeia de Sortelha, 15 pessoas, porque a população instalou-se num arrabalde. Lá moram 90 pessoas, na maioria pensionistas.
No museu encontram-se muitas coisas antigas da vida da aldeia. Depois de assinar o livro de visitas, fomos às sepulturas antropomórficas, ao lado da Igreja da Misericórdia de Santa Rita, no exterior das muralhas. Vimos as casas típicas Beirãs. Estas têm dois pisos e são construídas com rochas típicas da região. Têm poucas portas e janelas e uma escada exterior para o segundo piso.
Uma visita a Sortelha não fica completa sem ver, tranquilamente, o Pelourinho.
A visita foi muito interessante e todos a apreciámos.

Guilhermo Perez- Bustamante



Excursão no Sábado, dia 5 de Agosto de 2006

No primeiro Sábado em Portugal fomos para Pinhel. A partida foi marcada às 10 horas, ao lado da residência. Como sempre, saímos atrasados porque é muito difícil levantar cedo, depois de uma noite muito comprida…
No autocarro houve muito silêncio porque quase todos adormecemos. De facto, quando chegámos a Pinhel fomos a um bar tomar um café ou um chá.
Depois fomos ver as muralhas e o castelo da vila. Esteve muito calor. A vila de Pinhel é bonita e vimos a paisagem da torre do castelo.
Seguidamente, fomos de autocarro para o restaurante. O nosso almoço foi muito agradável: quer a sopa, quer o assado e o doce estavam deliciosos. Este almoço foi um presente do presidente da Câmara de Pinhel.
Às quatro horas da tarde fomos ao Manigoto, para ir para a piscina, mas estava cheia, por isso estivemos uma hora no parque ao lado da piscina. Ali, enquanto uns estiveram a conversar, outros estiveram a jogar póquer (não com dinheiro, mas com algumas pedras para passar tempo).
Depois, às 5 horas fomos à piscina. O tempo estava muito bom, sem nenhuma nuvem e por causa do calor quase todos mergulhámos na água. As outras pessoas estiveram a apanhar sol.
Mais tarde fomos para Malta, onde jantámos pratos típicos (sopa de legumes, peixe e carne assados e para terminar um melão) e tentámos falar português com os empregados.
Seguidamente, as pessoas daquele sítio mostraram-nos uma dança típica, muito alegre. Enquanto uns estiveram a dançar, outros estiveram a conversar na rua, à frente do restaurante.
Mais tarde viemos para a residência e, no autocarro, adormecemos quase todos porque estávamos muito cansados, poucos tiveram forças para ir dançar no centro da cidade, quando chegaram à Covilhã.

Daria Cosentino



Belmonte, uma pequena comunidade judaica

No século XII, os primeiros reis portugueses foram buscar alguns imigrantes para o país para povoar estas paisagens conquistadas aos mouros. Nesse tempo, formaram-se as primeiras comunidades judaicas, onde viveram mais de dez judeus.
No século que se seguiu, o convívio entre judeus e cristãos tornou-se muito complicado. Os judeus não podiam ter empregados e cristãos e, mais tarde, deixaram de poder ter negócios. Em 1492, os reis espanhóis ordenaram a todos os judeus que abandonassem Espanha. Aproximadamente 50000 pessoas vieram para Portugal. Em 1515, D. Manuel I solicitou à Inquisição que estabelecesse a sua força. Em 1536, D. João III instituiu-a, facto que foi abolido apenas em 1820.
Ao longo de todos estes séculos, houve uma pequena comunidade judaica que sobreviveu. No entanto, foi descoberta, apenas, em meados do século XX. De alguns dos preceitos judaicos que mantém, destacam-se os seguintes: Yom Kippur, Sokut, Simhat, Torah, Purim, Pessah e Sabout. Continuam a celebrar, igualmente, o Hanuhah, que é uma espécie de um “Natal pequeno”.
Hoje, Belmonte é uma vila pequena com uma igualmente pequena comunidade judaica e uma história única e muito interessante.

Katrin Timmer



Entrevista à Drª. Sofia Correia Lemos


Como se chama?
Sofia Maria dos Reis Ferreira Correia Lemos

Qual é a sua profissão exacta?
Sou responsável pelo Gabinete de Programas e Relações Internacionais.

Porque escolheu esta profissão?
Escolhi esta profissão devido à diversidade de tarefas relacionadas com o trabalho que desempenho, nomeadamente, o programa Sócrates/Erasmus, Fulbright, entre outras. É um trabalho bastante aliciante e gosto muito do que faço.

Há quantos anos trabalha aqui?
Trabalho na UBI há 6 anos.

Gosta do seu trabalho? Qual é a melhor parte?
Gosto muito do contacto directo com os alunos e com as universidades parceiras.

Quais são as suas atribuições?
As minhas atribuições são diversas, nomeadamente a preparação da candidatura, a implementação, o acompanhamento e elaboração dos relatórios Sócrates/Erasmus. Sou também responsável pela atribuição de estágios IDESTE: selecção dos candidatos, passando pelo processo de candidatura do estudante à empresa em causa, até à elaboração de candidaturas a Bolsa de parceria Fulbright com outras instituições e para os Estados Unidos da América. Apoio a vinda e estadia de investigadores procedentes de países europeus (Centro de acolhimento de investigadores em parceria com o Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior – GRICES), entre outras.

O que acha dos alunos deste Curso de Verão?
São muito simpáticos, sociáveis e empenhados. Demonstram uma grande vontade em aprender português.

Qual é a sua relação com eles?
Penso ter uma boa relação com todos os alunos.

Tem contacto com antigos alunos?
Tenho com alguns estudantes Erasmus.

Com que países gosta mais de trabalhar?
Gosto de trabalhar com todos.

Com quantas universidades a UBI tem acordos?
Tem 87 acordos Sócrates/Erasmus.

Como se faz a promoção na UBI no mundo?
Fazemos através da Internet, http://www.ubi.pt/ e envio de panfletos informativos.

Quantos alunos já passaram aqui?
Já passaram imensos estudantes, possivelmente, cerca de 500.

Como acha que os estrangeiros vêem Portugal?
Adoram Portugal e têm pena de regressar ao seu país.

Por fim, quais são as qualidades da Covilhã para receber estrangeiros?
A Covilhã e a UBI têm óptimas condições para receber estudantes estrangeiros, nomeadamente as residências universitárias, as instalações da própria universidade e a própria qualidade do ensino administrado na UBI. A cidade tem demonstrado ser uma boa anfitriã no acolhimento dos estudantes estrangeiros.

Noëlle Cascais


Uma aldeia histórica chamada Sortelha

Sortelha, lugar repleto de granito, é uma das mais bem preservadas aldeias medievais de Portugal.
Esta localidade foi fundada em 1228 por D. Sancho I, rei de Portugal, e renovada por D. Manuel em 1527. O seu castelo fica no ponto mais elevado da aldeia. Além deste, são notáveis a igreja, que data do século XIV, algumas sepulturas medievais escavadas nas rochas, a torre e o pelourinho manuelino. Nesta aldeia existem três portas: a Porta da Vila – a Este –, a porta Nova – a Oeste – e a Porta Falsa – a Noroeste. Em redor da aldeia, há muralhas em forma de círculo.
Este castelo fica nas montanhas e tem um estilo românico e gótico. As ruas são muito estreitas e as janelas e as portas são pequenas.
Nós gostámos muito de visitar Sortelha e recomendamos a todas as pessoas a passagem por este castelo medieval.

Soňa Brázdová
Elina Brimerberga
Noites na Covilhã
A Covilhã tem uma noite muito boa para festejar. Muitos jovens dançam toda a noite. Há mais de cem discotecas. A primeira chama-se Chemistry e tem festas todas as noites, mas à quarta-feira há festa de mulheres, que têm direito a quatro bebidas.
A segunda chama-se Espaço Covilhã mas a maior e melhor é a Residência. Esta é a esquerda da cidade, na Serra da Estrela. A bebida especial da Residência é a aguardente. Os empregados do bar são muito famosos e o primeiro é o Valério: ele prepara pastis com água e tequilha com sal e limão nos aniversários. Por isso, vocês vão gostar destas noites engraçadas. Bem vindos à Covilhã!
Tugba KAPLAN
Meltem UNAL
Nagihan TAN

Os bombeiros da Covilhã
À descoberta das pessoas que vigiam os nossos sonos

Como todas as pessoas da Covilhã, também os bombeiros ficaram muito contentes por nos encontrar. Os bombeiros ficaram também contentes porque nós quisemos fazer uma entrevista com eles. O Sr. Comandante respondeu às nossas perguntas sobre os bombeiros.

Qual é o treino dos voluntários?
Os candidatos ao tirocínio de bombeiro ingressam através de requerimento dirigido ao Sr. presidente da direcção, para que este se digne levar ao conhecimento do Sr. Comandante a sua admissão, onde se propõem a acatar todas as ordens que lhes sejam emanadas; a sua formação passa por uma escola de aspirantes onde lhes é ministrada formação em áreas tais como química do fogo, hidráulica, topografia, comunicações, combate a incêndios estruturais, combate a incêndios florestais, combate a incêndios industriais, matérias perigosas, salvamento e desencarceramento, salvamento em grande ângulo de socorrismo.

Vocês têm muitas brigadas móveis?
O corpo de Bombeiros Voluntários da Covilhã, conta com equipas de intervenção na área da emergência-pré-hospitalar, tem um grupo de resgate e salvamento, grupos de salvamento e desencarceramento e, na campanha dos fogos florestais, dispõe de três grupos de 1ª intervenção de combate a incêndios.

Quantos voluntários há numa brigada móvel?
O número de elementos de cada brigada varia consoante a função da mesma; ou, por exemplo, um grupo de combate a incêndios é constituído por cinco elementos, enquanto que para uma equipa de salvamento e desencarceramento temos que dispor de seis homens. Numa equipa de emergência-pré-hospitalar contamos com três elementos.

São frequentes os incêndios? Que tipo de incêndios vocês têm? Quantos são criminosos?
A frequência dos incêndios é relativa, temos incêndios florestais, urbanos, industriais e por vezes em automóveis. A sua origem é, na maioria dos casos, desconhecida.

Que outras intervenções fazem?
Os bombeiros devido á sua fusão com o serviço nacional de protecção civil têm uma área de intervenção muito vasta, por isso podemos dizer que aos bombeiros cabe responder a todos os pedidos de socorro que lhes sejam solicitados e desde que estejam em perigo bens ou vidas, prevenir e sensibilizar a população dos cuidados a seguir.

Os meios e os voluntários são suficientes?
Actualmente com o evoluir das tecnologias e de uma sociedade cada vez mais exigente, os meios tanto a nível material como humano tornam-se insuficientes.

Que áreas de competência vocês têm?
Aos Bombeiros Voluntários da Covilhã compete o socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades.
São frequentes os acidentes de trabalho entre os voluntários? Vocês têm uma reforma para os voluntários inválidos?
Felizmente, e graças à formação e informação, os acidentes são poucos, embora por vezes aconteçam. Acontecendo, os bombeiros estão assegurados por um seguro de acidentes pessoais, nos casos mais graves de morte ou invalidez permanente os bombeiros estão ainda abrangidos pelo estatuto social do bombeiro, o qual assegura uma pensão em caso de incapacidade vitalícia.

O Sr. Comandante foi muito disponível como todos os outros bombeiros e agora nós temos uma ideia exacta dos Bombeiros Voluntários da Covilhã e do trabalho deles. A nossa impressão sobre eles é muito boa e esperamos que mais portugueses se tornem voluntários para ajudar e salvar a população.

Daniele Gabardi
Luca Farinetti
Valerio Marrone



O Terramoto que modificou o mundo


No dia 11 de Novembro de 1755, Lisboa foi quase completamente destruída. Diz-se que o terramoto teve uma intensidade de 8,5 a 9 na escala de Richter.
Adicionado ao terramoto houve um “Tsunamie” (maremoto) que inundou a cidade ao mesmo tempo. Tudo o que não foi destruído no terramoto foi destruído pelo fogo. O fogo foi causado pelas inúmeras velas das igrejas e durou aproximadamente uma semana. No terramoto de Lisboa morreram mais de 100 000 pessoas. Foi perceptível na Finlândia e em África.
Cerca de 85% dos edifícios de Lisboa foram destruídos e muitos tesouros culturais da cidade também, por exemplo, a Biblioteca Nacional com 70 000 livros antigos.
Além disso o terramoto teve consequências grandes para a ciência e a cultura. Depois do terramoto começou a sismologia moderna e os homens descobriram, pela primeira vez, o comportamento curioso dos animais antes de um terramoto.
As consequências verificaram-se, sobretudo, na filosofia do iluminismo e na teologia. Surgiram questões grandes como:
- Porque é que um Deus bondoso permitiu este grande mal no mundo?
- Porque é que atingiu a capital de um país católico?
- Porque é que foi no dia de Todos os Santos?
- Porque é que muitas igrejas foram destruídas e o bairro de prostitutas, em Alfama, foi poupado?

Behnaz Farahati

Covilhã
A Covilhã é uma cidade bonita, aberta para os estrangeiros. Os habitantes da Covilhã são muito simpáticos e encorajam-nos a falar português.
Eu gosto muito da vista para as montanhas e da paisagem à volta da Covilhã. 0s professores e os monitores demonstraram a cultura de Portugal pelas viagens, aulas e histórias; tudo é surpreendente, mas, às vezes, cansativo.
Muito obrigada pelo vosso empenho!
Kaja SOBOL

Entrevista a Carlito Mota

Umut e Renan: Desculpe, nós somos estudantes e estamos a aprender português. Temos de fazer uma entrevista a uma pessoa que fale português. Podemos fazer-lhe algumas perguntas?
Carlito: Sim, claro.

U. e R.: Muito obrigado!

U. e R.: Como é que se chama?
C.: Chamo-me Carlito Mota.

U. e R.: Quantos anos tem?
C.: (Não quis resposnder).

U. e R.: Mora na Covilhã há muito tempo?
C.: Moro cá desde o dia 23 de Setembro de 2001.

U. e R.: De que país vem?
C.: Venho de Timor-Leste, o primeiro país do terceiro milénio.

U. e R.: Gosta de viver na Covilhã?
C.: Sim, gosto, porque é uma cidade bonita.

U. e R.: O que é que faz?
C.: Sou estudante de Língua e Cultura Portuguesas.

U. e R.: Onde é que morou antes?
C.: Morei em Dili, Timor-Leste.

U. e R.: Porque é que deixaste o teu país?
C.: Deixei o meu país porque queria estudar em Portugal.

U. e R.: Vai ficar aqui até quando?
C.: Até acabar o curso, que é de cinco anos.

U. e R.: O que achas sobre a UBI?
C.: É uma Universidade com muito bons professores, mas, por outro lado, é extremamente dispendioso estudar cá.

U. e R.: O que é que vai fazer quando concluir o curso?
C.: Vou dar aulas para o meu país.

U. e R.: Então quer voltar para lá.
C.: Sim, quero.

U. e R.: Tem família em Timor-Leste?
C.: Sim, tenho.

U. e R.: É casado?
C.: Sou.

U. e R.: Muito obrigado pela disponibilidade.
C.: De nada.

Umut Sőylemez
Renan Gueguen

Uma aventura em Lisboa

Eu e alguns dos meus colegas do Curso fomos a Lisboa e ficámos durante quatro dias num parque de campismo da cidade.
Nesses dias, andámos em diversos meios de transporte, tais como o barco e o autocarro. O nosso objectivo era procurar casa. E procurámos, mas não encontrámos nenhuma com as condições que pretendíamos.
Fizemos inúmeras coisas! O que mais me marcou pela positiva foi o momento em que ouvimos Fado num bar. Também gostei muito de nadar no mar, apesar de estar frio. O mar de Lisboa é tão limpo!
No último dia, tivemos de regressar. Por isso, apanhámos o autocarro para a Covilhã. Quando cheguei às residências, fiz os meus trabalhos de casa e dormi.

Jil Devaux



A história do João

Ontem à tarde, fui andar na Serra. Estava muito calor. Uma hora e trinta minutos depois de ter começado a caminhada, vi uma pequena casa. Quando cheguei perto da casa, vi um senhor velho. Ele estava a descansar numa cadeira verde. Ao lado da casa, havia três oliveiras.
Um cão correu na minha direcção. Nesse momento, o senhor acordou.
– Boa tarde, menina. – disse.
– Boa tarde, senhor. Desculpe o barulho.
– Chamo-me João. De onde vem?
– Venho da Covilhã. – respondi.
– Ah, da Covilhã! Moro lá no Inverno, porque no Inverno faz muito frio aqui.
– E o que faz às ovelhas?
– Elas ficam aqui, pois, como têm lã, não têm frio. Trago comigo os meus burros. Eles conseguem transportar muitas coisas. O que deseja beber?
– Uma água, por favor.
– Está bem! Tenho água do rio Zêzere. É muito refrescante.
– Conhece o Zêzere?
– Conheço. Tem cerca de duzentos quilómetros de extensão. De vez em quando, consigo ver uma toupeira de água, porque a água é muito limpa. Aqui tem um copo grande de água.
– Muito obrigada! Que flores fantásticas são estas?
– Oh! Chamam-se Saesifraga Stellaris. Em Portugal, esta planta surge apenas nas nascentes da Serra da Estrela.
– Uau! Elas são muito bonitas! A paisagem também é bonita. Quero morar aqui na Serra. A tranquilidade que se sente e a natureza são fantásticas.
– Sim, mas os fogos são horríveis … Choro quando vejo uma árvore a arder. O sol está a pôr-se, por isso está na hora de ir para casa. Quando está escuro, é muito difícil ir para casa.
– Muito obrigada, João. Gostei muito da sua história de vida.
– Até logo!
– Para a semana venho outra vez. Até logo!
Leen de Haech



Os Desportos


Nós fazemos muitos desportos (ou exercícios) na Covilhã. Estes desportos são de muitos tipos:

- Nós praticamos, todas as terças e quintas-feiras, desportos no pavilhão da universidade. Geralmente jogamos futebol, mas também jogamos basquetebol. Praticamos durante uma hora e meia mais ou menos, porque não podemos resistir mai. Os dias do curso e as noites são muito esgotantes.

- Há outro tipo de desporto que também praticamos: a natação. Quando vamos à piscina ou aos poços, nós apanhamos sol, nadamos na água e damos saltos. É muito divertido mergulhar na água e depois de um salto abrir os olhos debaixo de água.

- Há um terceiro tipo de desporto, mas pode não se entender como tal. Este exercício é o mais constante de todos. O andar. Andamos para todos os lugares. Quando vamos às aulas, quando voltamos à residência, quando vamos fazer compras, quando caminhamos pela cidade…

- À noite podem praticar-se muitos outros, no entanto, disso fala cada pessoa.

Alba Hodei Nieto



Entrevista a Jenildo Costa

Ali e Őmer: Qual é a sua idade?
Jenildo: Tenho vinte e seis anos.

A. e Ő.: Qual é a sua profissão?
J.: Sou estudante.

A. e Ő.: Qual é o curso que frequenta?
J.: Frequento Economia.

A. e Ő.: O que é que vai fazer quando terminar o curso?
J.: Depois do curso, quero criar uma empresa.

A. e Ő.: De onde vem?
J.: Venho de Timor.

A. e Ő.: Onde fica Timor?
J.: Timor fica entre a Indonésia e a Austrália.

A. e Ő.: Onde é que a sua família se encontra neste momento?
J.: A minha família está em Dili, a capital de Timor.

A. e Ő.: Quantos irmãos e irmãs tem?
J.: Não tenho irmãs, só irmãos: três.

A. e Ő.: O que acha da Covilhã?
J.: Penso que é uma cidade bastante calma para os estudantes e, para além disso, é uma zona turística muito agradável.

A. e Ő.: Como é o clima nesta cidade?
J.: No Verão, é quente.

A. e Ő.: Há quanto tempo está em Portugal?
J.: Há quatro anos.

A. e Ő.: Qual é a sua opinião sobre o país?
J.: Portugal é um país civilizado e tem uma cultura fantástica.

A. e Ő.: Visitou mais algum país da Europa para além de Portugal?
J.: Sim, visitei a Espanha.

A. e Ő.: No total, quantas línguas fala?
J.: Falo quatro línguas: indonésia, tétum, português e malaio.

A. e Ő.: Obrigado pela colaboração.
J.: Foi um prazer.

Ali Gűller
Őmer Sen


A Covilhã

Chamo-me Aleksandra e tenho vinte e dois anos. Sou polaca. Vim para a Covilhã aprender português. A Covilhã é uma cidade muito bonita.

Há quarenta e três pessoas de países diferentes. Todas aprendem português na Universidade da Beira Interior. De manhã estudamos e à tarde vamos de viagem, ver castelos, museus e à piscina. À noite, todos se divertem muito. Vamos ao café e convivemos. TODOS SÃO MUITO SIMPÁTICOS.

Aleksandra POREBSKA




Viagem para Lisboa

Este fim-de-semana nós fomos para Lisboa. A viagem da Covilhã dura quatro horas.

Agosto é a época alta e é difícil encontrar alojamento. Nós estamos com sorte e encontrámos um alojamento que é central e barato.

A cidade está sempre cheia. Há muitos turistas durante o dia. Eles vão em grupo e estão sempre a tirar fotografias de tudo. À noite nós fomos para outra parte da cidade. Na rua há restaurantes e o ar cheira a peixe grelhado, pimentos assados e perfume.

Depois os bares substituem os restaurantes; os jovens estão nas ruas e a festa dura toda a noite.

No segundo dia fomos para a praia. Apanhámos o comboio para Cascais. A viagem dura meia hora. O tempo está muito bom e a praia é fantástica.

Marina TRIFKOVIC