terça-feira, setembro 05, 2006

24 de Agosto de 2006 / Número 2

COMPARANDO CENTROS COMERCIAIS

O Continente e o Lidl são supermercados na Covilhã. Se podem andar mais para baixo da residência, depois do hotel, as escadas são à esquerda da rua. Descem as escadas, encontram o Continente. Depois do hotel, seguem a rua, encontram o Lidl. É à direita da rua.

O Continente é o supermercado maior na Covilhã. É dentro do Serra Shopping. O Lidl é o outro supermercado mas fica sozinho. O Continente tem muitas marcas e também tem produtos dele. O Lidl não é tão grande como o Continente mas tambem tem produtos dele. O Lidl é mais barato do que o Continente, mas os produtos são limitados.

No Continente podem gastar mais tempo porque tem muitas partes como o departamento de livros e o departamento de electrónica mas o Lidl tem somente o alimentar. O Continente tem muitas prateleiras mas o Lidl tem somente a caixa. O Continente é mais avançado do que o Lidl. A atmosfera do Continente é mais fresca do que o Lidl. Preferimos o Continente, que é melhor do que o Lidl porque os todos dias vamos lá fazer as compras.

Se vão ao Lidl, não se esqueçam de sacos plásticos porque eles não dão sacos plásticos, eles vendem sacos plásticos.

Burak Meta
Ali Emre Sözer


O VINHO DO PORTO

O vinho do Porto é uma bebida com uma percentagem elevada de álcool e é composto por vinho e aguardente. Este produto contém grande parte do açúcar da uva, o fruto que está na base do vinho e que é apanhado em Setembro. Existem cinco qualidades de vinho do Porto, que têm o nome de Tawny, Ruby, White, Vintage e Late bottled vintage. O amadurecimento demora de três a quarenta anos.
Relativamente ao Tawny, podemos dizer que tem um aspecto acastanhado e sabe a frutos secos, nomeadamente a noz. O Ruby é avermelhado e sabe a fruta. O White bebe-se fresco antes da refeição. Os melhores vinhos do Porto são, finalmente, os Vintage e, no que respeita ao Late bottled vintage, os especialistas afirmam que não amadurece dentro da garrafa.
Hansjörg Schmidt

O NOSSO LANDMARK NO CENTA

No Domingo passado fizemos o nosso landmark (a língua portuguesa tem muitas palavras do inglês e do francês).
O Nuno pediu-nos para pintarmos uma pedra do chão. Cada um procurou uma pedra. Alguns tivemos dificuldade em procurá-la porque havia muitas e tão diferentes!
Depois de pintá-la pusemos as nossas pedras por baixo duma árvore. Lá ficarão até que a água da chuva as apague. Arte efémera? Isso, cada um sabe! Mas para o Nuno não foi só um jogo com pintura a cores, senão arte contemporânea.
Lembras-te do que pintaste? Tem algum significado ou não é necessário que tenha?

Guilhermo Perez- Bustamante


O TRACTOR

No segundo dia do acampamento, à tarde, tivemos de ir ver uma obra de arte moderna e logo num meio de transporte muito especial… o tractor!
O tractor tem duas partes: uma é o motor e a outra é o reboque que é o lugar onde ficam as pessoas que têm de ir no tractor. O reboque, basicamente, é uma plataforma de ferro (eu acho que foi feita para fazer massagens contra a celulite).
A minha viagem no tractor foi muito divertida porque nós estávamos todos cansados (e um pouco bêbados) e riamos em cada buraco no chão por que passávamos e nos fazia saltar. Em particular o Luca e o Daniele brincaram muito durante a viagem e, juntamente com o Valerio, divertiram-se a atirar bocados de cortiça às pessoas que iam em pé.
A pessoa que ficou melhor foi o Filipe porque ele não se sentou no reboque mas sentou-se em cima do motor, atrás do motorista, de maneira que não sentiu nenhum buraco, porque, ao contrário do reboque, o tractor tem amortecedores.

Riccardo Tognaccini “Pablo”


UMA OBRA DE ARTE PRECISA DE UM TÍTULO?

Este artigo começa com uma pergunta que surgiu durante a visão de algumas curtas-metragens que nós vimos no CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas). Algumas premissas: fomos ao CENTA de Sábado até Domingo à tarde.
Este é um centro artístico, imenso, na natureza, aonde alguns artistas moram, tentando exprimir a própria arte, sem interferência do supérfluo. Há muitas obras de arte neste centro, mas não é um tipo de arte chamada clássica, mas é arte contemporânea.
No centro, os artistas mostraram-nos algumas curtas-metragens como exemplo de performances de arte moderna. Depois desta apresentação nasceu uma discussão sobre a necessidade de uma obra de arte ter um título. Alguém disse que um artista tem de pôr um título para guiar a interpretação de quem olha para as obras, mas outros não estavam de acordo e diziam que só o autor é um meio para alcançar o público e para este a obra dele não precisa de ser explicada através de um título. Ao contrário, quando uma obra não tem título toca, mais profundamente, a imaginação do público! A discussão não leva a uma conclusão principal e deixou-me a dúvida aberta.
No dia seguinte fomos ver uma obra de Rui Moreira, que é um exemplo de landart. É uma instalação branca, que fica sobre uma colina, onde se pode ver toda a paisagem: o título é Anfiteatro para um. Então há uma obra de arte moderna que tinha um título! Mas quando olho à volta não tinha explicação para descrever as impressões que tive ali, sentada na instalação.

Natascia Nicoletti

O JARDIM DA COVILHÃ

Há um jardim onde nós vamos sempre para passar o tempo na Covilhã: no jardim. Lá há um parque de crianças,um bar,um charco e muitas árvores...

O bar tem uma vista muito bonita da covilha. Podem beber cerveja, galão, ice-tea, chá e bica e comer gelados e batatas fritas também...

Enquanto os pais ficam no bar,as crianças deles gostam do parque de crianças que é à direita do bar.

Além disso, há um charco atrás do parque de criança. Há uma ponte em cima do charco e muitos candeeiros que fazem as noites muito bonitas.

Esse jardim é o lugar ideal para descansar, com a vista maravilhosa.

Normalmente, preferimos beber galão que e grande e delicioso enquanto estamos a fazer o trabalho para casa.

Às segundas-feiras, o rapaz brasileiro, chama-se Marco toca o violão e canta muito bem.

Gostamos de passar o tempo e ouvir a música lá.

Tugba Kaplan
Nagıhan Tan
Mıne Durmaz
Aybars Yucesoy



UM FERMENTO MÁGICO

Quando cheguei não acreditava que um lugar muito bucólico escondia, na verdade, um fermento artístico tão interessante. Um fermento artístico que me fez parar para considerar a importância de se exprimir, comunicar e criar.
As cores vivas das casas, as obras de arte, os primeiros indícios para descobrir a essência. Fiquei impressionado por ver como o moderno e o antigo se juntaram em harmonia. A arte moderna, testemunho de toda a história desse lugar. Os protagonistas de tudo isto são pessoas especiais, que me deixaram uma marca e que me arrastaram para a arte deles com a mesma paixão com que eles a vivem.
Tudo pareceu irreal, demasiado bonito para ser verdadeiro. Mas existe e espero que vai difundir em todo Portugal. Paixão não falta a quem vive este sonho e eu procurei colher o mais possível desta experiência.
Depois fiquei muito contente porque eles não pararam de querer fazer-me viver estas sensações, mas deram-me outra possibilidade de vivê-la. Quero ir ao espectáculo que eles vão fazer no início de Setembro para ver de novo aquilo que vi no fim-de-semana passado.
O único medo? Não ter, depois, força para me ir embora.

Luca Farinetti

UM FIM-DE-SEMANA NO ACAMPAMENTO

No último fim-de-semana, nós fomos acampar para Vila Velha de Ródão, numa quinta. Neste local, há uma organização, denominada de CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas), que acolhe e sustenta diversos artistas. Eles trabalham nas mais diversas áreas da arte contemporânea, tais como a pintura, a escultura, o teatro e o cinema.
Os membros da organização trabalham, no fundo, para promover a criação artística contemporânea. Para tal, demonstram a sua arte em locais como escolas ou prisões.
Aquele fim-de-semana permitiu-nos compreender o modo como se pratica a Arte em Portugal.

Renan e Őmer


BENVINDO AO SPORTING CLUBE DA COVILHÃ!

O Sporting Clube da Covilhã é um lugar fantástico onde alguns estudantes gostam de ir para jogar bilhar. É um salão de jogos!
Nós encontrámos por acaso este lugar na primeira semana e agora e teatro de competições internacionais, como por exemplo Itália - Espanha, que já é um desafio habitual do Sporting Clube e apaixona milhões de pessoas no mundo todo.
O dia perfeito do estudante de português prevê ir directamente para o Sporting Clube depois da aula, e não digo “para” porque o estudante vai trabalhar lá, mas porque este género de estudantes gosta de passar o dia todo no salão de jogos ou na proximidade dele. De facto, também o jogador mais calejado procura afastar-se do clube por várias razões. Há sorte quando o estudante tem fome e tem só de atravessar a rua para encher o estômago dele no restaurante Solneve, onde prefere acompanhar a comida com o Conde Julião, um vinho tinto muito amigável.
Depois da sesta no parque no centro da Covilhã, a tarde de jogo pode finalmente começar. O estudante perfeito de português não se esquece de ter uma cerveja fresca perto da mesa de bilhar!
O Sporting Clube fecha às 10h30m da noite, quando é possível atravessar novamente a rua para o jantar. Finalmente o jogador feliz pode ir dormir e depende de quanta aguardente ele tomou no final do jantar poder chegar à residência ou se tem de reservar um quarto no Solneve, que também é um hotel.

Daniele Gabardi

A VIDA DOS CÃES EM PORTUGAL

Existem muito cães sem casa em Portugal, e a Covilhã, como faz parte deste pais, não foge à regra. Eles vivem na rua, comem o nosso lixo para sobreviver. Por isso, eles ficam frequentemente doentes e com um olhar triste e fraco. Mas há as pessoas que dão alimentos a estes animais.
Felizmente, são canis. Há um Canil Municipal em Lisboa, na Guarda, em Castelo Branco e também na Covilhã, entre outros sítios.
Os voluntários dos canis querem dar as melhores condições aos animais. Mas é difícil, porque eles precisam de vacinas e de ser desparasitados de vez em quando e, para tal, necessitam de dinheiro.

Como podes ajudar?
• Adoptar um animal. Atenção! A adopção deve ser uma atitude consciente e não uma decisão tomada por impulso;
• Fazer um passeio com um cão;
• Fazer de donativos (dinheiro). Neste momento, os voluntários dos canis necessitam muito de ração seca para cães e gatos…

Os cães e os gatos estão à espera de uma vida melhor!
Leen



O MEU PARQUE

A três minutos a pé da nossa residência nós podemos encontrar um lugar de oração, onde é possível rezar, mas também encontrar um pouco de tranquilidade para dormir!!!
No centro do parque as pessoas podem rezar aos pés de uma estátua centenária de Nossa Senhora. Ela faz vigília sobre toda a Covilhã e todos os cidadãos.
A guarda voluntária do parque, a D. Cristina Moreira, mora dentro do parque numa casa pequena. O dia de festa deste lugar é 3 de Maio, também todos os Domingos. 3 de Maio é muito importante para as pessoas católicas, muitas pessoas vêm aqui de todas as cidades de Portugal em peregrinação.
Eu vou lá porque me sinto bem. Eu penso na minha mãe, no meu irmão e em todos os meus amigos, e sobretudo na minha vida.
Aquilo é um lugar onde é reservado o direito de admissão e é muito estranho eu poder entrar sem problemas… eu penso que a Mãe do céu tem um pensamento especial por mim!

Valerio Marrone


FESTIVAL EM BELMONTE

Como acontece há três anos, Belmonte acolheu a feira medieval do artesanato. Houve, durante quatro dias, animação nas ruas: cavaleiros, póneis para os mais pequenos, espectáculos. Para além disso, os artesãos mostraram como produzem jóias medievais.
Todos estavam vestidos como antigamente para agradar a pequenos e grandes. A música tradicional e os doces regionais fizeram muito sucesso, segundo a imprensa.
Jil Devaux



ALGUNS DADOS SOBRE A UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

A Universidade da Beira Interior foi fundada em 1986. O fundador foi o Dr. Duarte Simões. Uma parte da universidade era uma transformadora de lãs e outra parte servia de quartel militar.
A 30 de Abril de 1992 a UBI festejou 6 anos. A área total de construção (incluindo cerca de 10 000 m2 destinados a habitação para docentes) atinge 120 000 m2.
O número de alunos tem atingido mais ou menos 5400 (596 alunos de licenciatura e 254 de pós-graduação). Trabalham nesta universidade 605 docentes e 294 funcionários.
Na primeira fase, funcionaram as seguintes unidades científico-pedagógicas:
- ciências exactas
- ciências da engenharia
- ciências sociais e humanas
- artes e letras
Na segunda fase, a UBI conheceu uma expansão através da criação de novas áreas científicas:
- medicina
- arquitectura
Em 1990 havia vários pólos: o número I (19,1 ha), o número II (37,8 ha) e o número III (25,5 ha). Já se construíram mais.
O património físico da UBI até 1991 era da ordem dos 40 milhões de euros. É também o sítio em Portugal onde há mais residências estudantis. Há 1200 alunos que necessitam de ser alojados pela UBI. A área bruta por aluno é de 17 m2, ou seja 20 40 m2 necessários.

Noëlle Cascais

O ENCONTRO COM CULTURAS DIFERENTES

No nosso curso somos cerca de quarenta e cinco estudantes de países diferentes. Moramos juntos na residência. É uma grande experiência para nós.
Muita gente mora, habitualmente, sozinha, mas está a partilhar o com uma pessoa de outra nacionalidade. Penso que esta experiência é mais interessante do que viver com um velho amigo. Esta última situação é mais confortável, mas não é muito diferente da primeira. Prefiro conhecer pessoas novas que se podem tornar, posteriormente, novas amigas. Esta é ainda uma grande oportunidade para conhecer melhor o país do novo companheiro.
Eu, por exemplo, moro com uma rapariga grega. Ela chama-se Dimitra. Às vezes, a nossa comunicação torna-se um pouco difícil, pois temos diferentes pronúncias no que respeita à língua inglesa. No entanto, divertimo-nos muito juntas.
Muitas vezes, fico surpreendida porque algumas coisas perfeitamente naturais para mim são um problema para ela e vice-versa. Penso que o humor grego e o checo são, igualmente, distintos. Por este motivo, já sei quando me devo rir durante uma conversa com uma pessoa de nacionalidade grega. 
Gosto muito de conhecer novas culturas. É interessante e divertido.

Eva

APRENDER LÍNGUAS

Eu e a minha família mudámos para a Noruega há treze anos atrás. Eu tinha dez anos. Não falava norueguês nem inglês. Eu não pude compreender nada. Eu senti-me indefesa, precisamente como agora. Eu traduzi a mesmas palavras muitas vezes, mas não pude lembrar-me.

Este foi um processo muito longo e muito frustrante. Depois de cinco meses eu pude compreender. Depois de oito meses eu falava bem norueguês. Eu espero que o mesmo vai acontecer com o português.

Marina Trifkovic

OS PRÓS E OS CONTRAS DA COVILHÃ

A Covilhã é uma cidade que se situa no centro de Portugal e perto de um famoso conjunto de montanhas denominado de Serra da Estrela.
É muito agradável viajar na Covilhã, porque há imensas actividades interessantes que ajudam a passar o tempo. Para além disso, está recheada de museus e lugares históricos para visitar. No centro da cidade, há muitas ruas bonitas e pequenas para caminhar e conhecer melhor a cidade. A economia, a indústria e a educação são muito evoluídas, devido à Serra, que proporciona os meios necessários à criação de novos produtos.
O clima é bom, permitindo visitas e acampamentos no meio da natureza. Outra actividade que é facilmente realizável nesta zona é o desporto, nomeadamente os mais variados desportos radicais. Há, ainda, imensas festas por toda a parte que levam de imediato à diversão dos seus visitantes. As pessoas são extremamente simpáticas, queridas, prestáveis e estão sempre de barcos abertos para quem vem de fora.
Por outro lado, falta um dos ingredientes principais de quem quer visitar qualquer local no Verão: o mar. Às vezes é muito difícil andar nestas ruas porque fico bastante cansada. Outro dos contras da Covilhã é a falta de variedade no que respeita à vida nocturna. Por este motivo, os jovens não têm muitos meios de diversão. Às vezes, está, igualmente, muito frio e, assim, temos de vestir muita roupa. Outro aspecto menos positivo é o facto de a maior parte das pessoas não saber falar bem inglês, tornando a comunicação um pouco difíceis para os estudantes estrangeiros.
Em suma, a Covilhã é uma cidade que merece ser visitada, pois há nela muito para conhecer. Trata-se de uma cidade, simultaneamente, moderna, histórica e popular. Na Covilhã, pode-se desfrutar de um local aprazível e recuperar forças para continuar a sua vida com alegria. Uma visita à Covilhã é suficiente para os seus visitantes.

Dimitra Bougla

TECO, UM GRANDE PROJECTO PARA A COVILHÃ

Uma das características mais importantes da cidade da Covilhã é as subidas. Não há nenhuma rua plana!
Os sofridos alunos da UBI, que moramos na residência de S. António, fazemos um longo caminho para as aulas, sobretudo ao meio-dia, com o sol e a subida acabamos mortos, sem energia para depois poder estudar para as aulas de português.
Nós temos uma solução óptima; é fácil e barata, ecológica e segura. O nosso projecto chama-se TECO e é um teleférico.
Este teleférico liga a residência, a universidade, a centro comercial (Continente) e a estação de comboios. Desta maneira todos os alunos vão chegar a horas às aulas!

Este novo transporte para a Covilhã impulsionará a economia regional e também será um ponto de interesse turístico.
O estilo será semelhante ao de Eiffel. A capacidade de cada cabine é de 20 pessoas. A energia usada será energia solar.
A Alba, técnica em engenharia ambiental, avalia o projecto em termos ambientais. José Maria, técnico civil, avalia o projecto tecnicamente e o Javier, psicólogo, avalia o óptimo estado mental dos engenheiros mencionados.

Josep Maria Olivé
Javier Garcia Pedraz

RELAXAR NA DISCOTECA
Na segunda-feira fomos à discoteca para o water party. Havia 20 pessoas. Calçámos os chinelos e vestimos os calções – estávamos à espera de muita água. Perguntámos a algumas pessoas como era a festa. Eles disseram que ia ser molhada. Então preparámo-nos muito bem para a water party. Saímos da residência à meia-noite. Fomos para a esplanada para tomar algumas bebidas. Depois fomos para a discoteca.
Depois de entrar vimos que ninguém tinha chinelos porque só havia um pouco de água. Nós – os alunos Erasmus – fomos a atracção principal da discoteca. Dançámos toda a noite e regressámos a casa de manhã. Os nossos amigos Turcos prepararam um pequeno-almoço tradicional. Depois da water party dormimos muito tempo.

Dariusz Sobota
Kaja Sobol
Dorota Wysok

O CAFÉ

O café bebe-se todo o dia, de todas as maneiras, com ou sem leite.
A “bica” é um café muito curto, como o expresso da Itália. Pode tomar-se um “café com cheirinho” (com aguardente). Para uma chávena mais cheia, devemos pedir uma “bica cheia”. Cuidado com os corações sensíveis: esse café é como um foguetão que está prestes a descolar!
O “carioca” é um café mais fraco. O “garoto”, que é café com leite, pode ser claro ou escuro, depende dos gostos das pessoas. Finalmente, o “galão” é um café com leite servido num copo grande e pode, igualmente, ser claro ou escuro.

Elise Fayolle


A MINHA COVILHÃ

A fotografia é uma vista da Covilhã e foi tirada pela janela da minha sala, na residência onde moro com todos os estudantes do curso de EILC. Eu escolhi esta fotografia porque representa a meu ponto de observação da cidade. Todas as manhãs eu vejo a cidade que desperta ao nascer do sol e todas as tardes a vejo deitar-se ao pôr-do-sol. A imagem foi tirada às 7h da tarde: de facto o sol está a descer atrás das montanhas e metade da cidade está já à sombra. Escolhi esta imagem também porque contém muitos lugares importantes para mim na Covilhã.
O prédio vermelho, no lado esquerdo, é a sede da Universidade da Beira Interior, onde temos as nossas aulas. O edifício fica perto da ribeira da Degoldra e foi fundado em 1763 pelo Marquês de Pombal. Então antes de ser uma universidade, o prédio foi uma tinturaria que empregou a energia hidráulica da ribeira na produção. Por isso a universidade tem uma forma muito estranha e não é fácil orientar-se dentro dos corredores dela. Ainda mais, no primeiro andar há o museu de lanifícios que já visitámos. A produção industrial da cidade é muito importante ainda hoje: Covilhã é um dos principais centros do trabalho da lã da Europa. As fábricas produzem cerca de 40 000 km de tecido por ano e são fornecedoras de grandes marcas como Hugo Boss, Armani, Zenga, Marks and Spencer, Yves St. Laurent, Clavin Klein e Christian Dior. O próprio nome da cidade é a soma das palavras “cova” e “lã”, mesmo se ele deriva do nome latino “Cava Juliana”
Olhando a fotografia é fácil compreender que a Covilhã fica numa montanha. Ela foi, na verdade, construída entre 450m e 800m de altitude. Por isso caminhar pela cidade é muito cansativo. Por exemplo, os supermercados não ficam no centro e para ir fazer compras, temos que descer durante 20 minutos e subir pela mesma rua. Às vezes eu fui correr pelo centro com o Renan e o Peter. Nunca fiquei assim, cansado. As ruas na imagem são efectivamente muito íngremes e estreitas e há muitas escadas que sobem e descem pelo bairro velho. Além do mais as ruas não são organizadas segundo uma ordem geométrica e parecem um labirinto. Por isso perdemo-nos muitas vezes durante as nossas corridas.
A parte da cidade na imagem é a mais nova. De facto há muito condomínios e prédios modernos. Eles são bastante altos, mas não são feios porque são rodeados de verdura e a cidade parece integrada na natureza.
Atrás da cidade há também umas montanhas muito agradáveis. Eu gosto muito delas porque no lugar onde moro na Itália também há algumas montanhas, mas a coisa que me atingiu mais é a diferença de cor entre elas. Ao contrário dos Alpes, que têm uma cor verde-esmeralda, as montanhas da Covilhã são verde-pálido misturado com amarelo, portanto quando a luz do sol as ilumina, o solo parece quente. E eu também adoro ver que a luz do céu é mais clara perto do cume das montanhas e parece-me que o calor delas está a descolorar o céu.

Francesco Gallio
AMÁLIA RODRIGUES

A voz mais conhecida em Portugal pertenceu à fadista Amália Rodrigues.
Ela nasceu no dia 23 de Julho de 1920, em Lisboa. Cresceu num meio pobre, mas começou a trabalhar cedo como vendedora de frutas. Em 1935, iniciou a sua carreira como cantora.
Desde 1939, Amália cantou no famoso Restaurante de Fados O Retiro da Severa, em Lisboa. Em poucas semanas, tornou-se uma estrela do fado. A sua relação profunda com o povo garantiu a esta diva muitos fãs. Este grupo de admiradores cresceu ainda mais quando, em 1946, se estreou no filme Capas Negras, momento em que se tornou, igualmente, artista.
No dia 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morreu, em Lisboa. Em 2001, trasladou para o Panteão Nacional. Foi, portanto, a primeira mulher a ser sepultada neste local.
A sua casa na Rua de São Bento foi transformada num museu.

Katrin Timmer

A SERRA DA ESTRELA

A Serra da Estrela é o conjunto de montanhas mais alto de Portugal Continental.
Esta região é profundamente marcada por rios e ribeiras. Por toda a sua área são inúmeros os vestígios da acção glaciar. O clima está sob a influência do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico. A elevada altitude faz com que este seja um dos locais de maior precipitação do país. O ponto mais alto tem 1993 metros de altitude e situa-se no conselho de Seia. A localidade mais alta do país é, por sua vez, as Penhas Douradas (1300 metros).
O animal característico da região é o cão Serra da Estrela. É um animal extremamente belo e grande. Foi e continua a ser um excelente companheiro das pessoas desta zona. Antigamente, a sua função era a de zelar pela segurança dos pastores.
Outro dos ícones da Serra da Estrela é o seu queijo. Este é um produto com muita história. É feito exclusivamente com leite de ovelha, cuja raça é denominada de Bordaleira. A calha é colocada no cincho durante pelo menos trinta dias em câmaras de cura, locais em que a temperatura e a humidade são controladas. O Queijo da Serra tem uma cor amarelada e uma textura amanteigada.
Ainda no que respeita à gastronomia, há alguns pratos típicos da região, tal como o Caldo de Grão à moda da Guarda, que é comido na noite de São João e é composto pelos seguintes ingredientes: grão de bico, carnes, louro, cebola, azeite, alho, noz moscada, presunto, molho de soja e massas. Outra sopa característica desta zona é a Sopa da Beira Baixa. No que respeita ao peixe, o mais conhecido desta região e do país é o bacalhau e é confeccionado das mais variadas formas. Para sobremesa, as pessoas podem escolher muitos tipos de bolos, como por exemplo o bolo de azeite, as talassas, o pastel de molho, alguns tipos de biscoitos, o leite creme, o arroz doce, entre outras coisas.

Elina e Soňa


COMO PROCURAR APARTAMENTO

Todos somos estudantes de Erasmus neste curso, por tanto, o próximo ano precisamos duma morada, ou para 6 meses ou para um ano completo.
É mais fácil procurar para um ano porque os donos querem ter o apartamento ocupado o tempo todo.
Os lugares onde nós podemos procurar um apartamento são anúncios nas ruas, nas universidades, na Internet e nas agências imobiliárias, mas também podemos perguntar aos empregados dos bares, porque eles conhecem tudo!

TIPOS DE APARTAMENTO
Há quartos disponíveis nas casas de família, para morar com uma família portuguesa ou quartos nas residências de estudantes, mas nestes lugares não há muita privacidade.
Nós achamos que é melhor morar num apartamento com portugueses para praticar mais a língua portuguesa.
Em Portugal há diferentes tipos de casas: há apartamentos T1, T2, T3, T4, etc. a diferença entre eles é o número de quartos: o número que aparece depois do “T” é o número de quartos.
É preciso esclarecer que não é fácil procurar casas maiores que T4 porque em Portugal, em geral, não há casas muito grandes. As pessoas aqui têm o hábito de usar a sala de estar como quarto, para pagar menos. Então, um apartamento T3 pode transformar-se num T4.
Os donos, geralmente, não alugam a casa toda. Nos anúncios escrevem alugam-se quartos soltos para nós compartilharmos com outros estudantes. Os preços dependem de muitos factores:
Enquanto no Porto as casas são mais baratas no centro, em Lisboa são mais caras. Isto porque no Porto as casas são muito velhas no centro, enquanto que em Lisboa, nos bairros do centro, como o bairro alto, há um processo de “gentrificação”, que é quando as pessoas boémias com maiores rendimentos (capacidade económica) vão morar para o centro e este fica mais caro, porque fazem reformas nos edifícios…

PORTO
Os bairros mais baratos para morar são o centro e a periferia perto do pólo universitário do norte, mas o centro é mais movimentado / animado.
Os preços variam entre os 125 – 200 € / mês / pessoa.

LISBOA
Em Lisboa os preços são mais caros do que no Porto. No centro, o preço varia entre os 200 – 250 € / mês / pessoa.
Os bairros mais acessíveis nesta cidade são na periferia, por exemplo, se vais estudar na Universidade Lusíada, como o Valerio é melhor morar no Bairro de Belém, que é mais barato e tem muitos meios de transporte para o centro, e também para ir à Costa da Caparica!

UM PEQUENO ESQUEMA PARA TELEFONAR PARA OS DONOS:
- Olá! Bom dia! Chamo-me (O TEU NOME).
- Eu sou um/a estudante de Erasmus nesta cidade e estou a procurar um apartamento para meio ano / um ano. Tem algum quarto livre?
- Quanto custa o aluguer?
- Quantas pessoas vão morar nele?
- Tem janelas? Eu gosto muito de luz!
- O apartamento tem máquina de lavar roupa?
- Tem boas ligações com a universidade / a praia / o centro…?
- Posso ver o quarto? Quando combinamos?
- Muito obrigado / a. Até logo!

Alba Gonzalez
Behnaz Farahati
ENTREVISTA IMAGINÁRIA

Debaixo das árvores do acampamento adormeci… e nos meus sonhos encontrei um português muito famoso…

Daria: Bom dia, senhor Pessoa. Queria fazer-lhe algumas perguntas… é possível?
Pessoa: Sim… com muito prazer!
Daria: Muito obrigada. O senhor é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa. Quantos anos tem?
Pessoa: … No mundo dos defuntos 71 anos, no mundo dos vivos cheguei aos 47 anos… o total é de 118 anos… uma criança, não acha?
Eu nasci a 13 de Junho de 1888, em Lisboa.
Daria: Quem foram os seus pais?
Pessoa: A minha mãe foi Madalena Pinheiro Nogueira e o meu pai foi Joaquim de Seabra
Pessoa… mas infelizmente ele morreu de tuberculose em 1893 e a minha mãe casou-se pela segunda vez com o comandante João Miguel Rosa.
Daria: E esse feito influiu na sua formação artística?
Pessoa: Sim, porque o meu padrasto foi o cônsul de Portugal em Durban e eu passei a minha juventude na África do Sul. Lá, recebi uma educação britânica e por isso os meus primeiros textos foram em inglês.
Daria: Mas depois o senhor voltou para Portugal?
Pessoa: Sim, em 1905 voltei para Lisboa e matriculei-me na Universidade de Lisboa, no curso de letras, que abandonei durante o primeiro ano.
Nessa época entrei em contacto com importantes escritores portugueses que contribuíram para a minha formação.
Daria: E o senhor sobreviveu vendendo os seus textos?
Pessoa: Não só: eu trabalhei em alguns jornais e fiz muitas traduções.
Daria: O senhor é famoso pelos seus heterónimos…
Pessoa: Sim, eu gostava de falar sobre mim, escrevendo carta a mim mesmo. Acho que é um modo interessante de escrever!
Daria: Sobre o que escreveu?
Pessoa: Eu escrevi para várias revistas e publicações ocasionais, quer em prosa, quer em poesia e sobre muitos assuntos, como teologia, ocultismo, filosofia, política, …
Daria: Muita da sua obra saiu depois da sua morte. Qual é um dos seus poemas preferidos?
Pessoa: “Não sou nada
Não serei nada
Não posso querer ser nada
À parte disso, tenho em mim
Todos os sonhos do mundo”
Daria: Uma última pergunta… como é que o senhor abandonou este mundo?
Pessoa: Abandonei este mundo porque eu gostava demais de água ardente… morri de cirrose hepática com estas palavras:
I know not what tomorrow will bring.
Daria: Muito obrigada!
Pessoa: De nada!

Daria Consentino