quarta-feira, setembro 06, 2006

29 de Agosto de 2006 / Número 3

Um lugar óptimo para o intervalo
O edifício principal da Universidade da Beira Interior é muito bonito. Esta é uma Universidade pequena, mas agradável.
Eu não estou habituada a ver Universidades deste tamanho, porque estudo na maior Universidade da República Checa, que tem muitos edifícios diferentes. Todas as Faculdades têm edifícios próprios. Por exemplo, o edifício da minha é maior do que o edifício principal da UBI. Mas este último é mais bonito. É antigo e abraça um Museu também.
Acho que, para os estudantes, um lugar óptimo é o jardim pequeno no seu interior. Podemos usufruir dele para descansar durante o intervalo, para conversar e para estudar para um teste. É agradável estar sentada no banquinho e apanhar sol ou ler um livro.
Penso que é importante ter um lugar como este na escola, porque sem descansar não é possível concentrarmo-nos durante muito tempo.
Outro espaço possível para passar o intervalo é o bar. É um sítio agradável também. As pessoas que trabalham lá são amigáveis e pacientes com o nosso português. O café é bom e os bolos excelentes. Nós vamos lá todos os dias para passar o nosso intervalo.
Eva
Um dia histórico
Quando estava a voltar da fonte e passava pela quinta dos irmãos Moniz, eu vi um homem que estava a falar com os militares franceses. Também vi como ele trocava comida por informações.
Cheguei a Almeida e expliquei ao resto das pessoas o que eu vi e ouvi naquela quinta. Quando este homem chegou a Almeida, nós apanhámo-lo e pelas ruas da aldeia estávamos a chamar-lhe traidor e mau português. Só a família dele estava a defendê-lo.
Levámo-lo até à praça da aldeia, onde a justiça tinha que decidir o futuro dele.Nós tínhamos razão e foi condenado à morte.
Depois dum agradável jantar, com danças regionais, ouvimos como o exército francês estava a chegar às muralhas de Almeida. O nosso exército foi para a batalha e nós estávamos dentro das muralhas.
O corajoso exército português venceu aos franceses e nós dançámos toda a noite pelas ruas de Almeida.Viva Portugal ! Viva Almeida !
Josep Maria Olivé
Adivinhem quem é?

Podíamos fazer a nossa entrevista com perguntas e respostas vulgares, mas a nossa entrevistada não é uma pessoa qualquer, então inventámos um joguinho: adivinhem quem é!
Tem 27 anos, ensina língua portuguesa aos estrangeiros há quatro anos e no tempo dela estudou língua e cultura portuguesa, foi presidente do núcleo dos estudantes do curso dela e trabalhou com a associação académica da UBI e ainda no teatro universitário: teatrubı.
Actualmente é “solteira e boa rapariga” e indício importante gosta do café sem açúcar e. . . da velocidade.
Descreveu a sua personalidade como um dia de sol, mas não muito quente e se pudesse dar-se 5 características pessoais eram:
1- flexível
2- dinâmica
3- teimosa
4- curiosa por coisas novas
5- constante
E atenção… fica zangada pela falta de respeito e de educação!
Gosta dos gatos e detesta a cebola crua, então façam atenção se querem convidá-la para jantar!
Escolheu o Presente como tempo preferido, mas como todos os portugueses tem um sentimento de saudade pelo tempo em que estudou na universidade . . . talvez porque ali encontrou o primeiro amor?
Se queriam fazê-la ficar bêbeda podem oferecer-lhe jeropiga!
E não… quem é?
Ainda um indício, fica multo contente por este grupo de estudantes, porque somos muito juntos e tem uma relação muito estreita com um objecto… o giz ! E para a nossa experiência Erasmus sugere-nos “aproveitem este ano para conhecer pessoas e culturas novas. Vocês vão conhecer o que significa a saudade”
E ainda uma sugestão, para as raparigas e os rapazes: “homens e mulheres são muito parecidos, mas não sabem que são!”
Então se não adivinharam damo-vos a solução: é Rita Carrilho!

Behnaz Farahatı
Natascıa Nıcolettı

Bom Apetite!

Neste mês tivemos a oportunidade de provar muitos tipos de comidas das diferentes regiões do mundo. É certo que entre os estudantes as comidas mais habituais são a massa, o arroz e as saladas por ser as mais baratas e rápidas; ainda que às vezes também cozinhamos pratos com maior elaboração, como fez ontem Behnaz.
Logo a seguir, nestas linhas vou escrever as receitas do jantar da Behnaz e também a receita do bolo da Natascia.

UM JANTAR (Ou ALMOÇO) IRANIANO:

O iogurte de cor-de-rosa:
Para prepararem este molho corado partam a beterraba em pequenos cubos e depois juntem-na com o iogurte natural. Metam-no no frigorífico e deixem-no repousar uma hora, ou até acabarem a preparação do jantar.

O arroz branco:
É preciso usarem o arroz "basmati". Cozinhem-no como a massa ao começo: com muita água, uma pitada de sal e umas gotas de azeite. Retirem a água quando o arroz fique "al dente". Ponham no fundo da panela uma fina camada de batatas cortadas em lâminas e em cima destas o arroz seco. Para terminarem, fechem a panela com a tampa e não a abram até 10-15 minutos depois, quando o arroz e as batatas fiquem prontos.
(Precisa-se muita experiência e bom olho para fazerem bem este prato).

O frango com beringela:
Fritem numa frigideira as beringelas cortadas em quatro ou seis pedaços cada uma. Cortem cebolas em rodelas e piquem alho, refoguem-nos lentamente em azeite numa panela e juntem o frango em pedaços quando fique quase pronto. Deitem concentrado de tomate água, sal e pimenta moída a gosto.
No fim acrescentem as beringelas que vão absorver a água. Deitem um pouco de sumo de limão e em 5 minutos, depois mexam tudo, a comida vai estar pronta!

Podem servir como prato combinado.

(Não pus as quantidades e também não os tempos, porque a Behnaz e experimentadíssima e não os conhece com certeza, ela calcula-os a olho).


UMA SOBREMESA ITALIANA:

O bolo de Tiramisú:
Separem as claras de dois ovos e batam-nas. Preparem café. Batam numa tigela a gema dos ovos com duas colheradas de açúcar e juntem na mistura um frasquinho de queijo mascarpone e as claras. Mexam tudo.
Numa forma, façam uma camada de "palitos champanhe" embebidos no café, em cima desta outra camada de creme do queijo e polvilhem com chocolate em pó. Repitam a operação até encher a forma.

Deixem arrefecer o bolo no frigorífico cerca de meia hora.

Alba Nieto

O Crocodilo Timor

Era uma vez um grande crocodilo. Ele estava a viajar com algumas crianças às costas.
Um dia, estavam com muita fome e o crocodilo foi buscar comida com elas às costas. Eles procuraram tanto tempo que o crocodilo ficou exausto e morreu. O seu corpo tornou-se tão duro como uma pedra e formou a ilha de Timor. Neste local, a terra era muito fértil e as crianças, como tinham meios de subsistência, povoaram a terra e deram origem ao povo timorense.
Esta é a história da criação da ilha de Timor, que se tornou num mito. Nós podemos ver, na imagem, que esta ilha tem a forma de um crocodilo.

Jil Devaux



O Peddy-Paper

Na sexta-feira passada, tivemos uma actividade que se chama “ Peddy Paper”. Começou às 14h30 na reitoria da Universidade. Para começar, uma pessoa de cada equipa devia encontrar uma caixa de plástico (o Guillermo fez esta prova). Isso determinava a ordem de saída das equipas. A nossa equipa chamava-se “Ecas” e era composta pela Sonia, pelo Riccardo, pelo Francesco, pelo Guillermo, pelo Ali e por mim.
Saímos da reitoria para o jardim da universidade. Fizemos lá uma primeira prova que era um percurso com várias provas. Participámos todos. Depois fomos até a praça da Câmara Municipal onde estava o Milton. Devíamos encontrar o verdadeiro indício entre cincos. Acabando esta prova fomos até uma fonte onde estavam a Cíntia, a Liliana e o Filipe.
O Francesco devia conseguir furar umas bolas de plástico com os olhos fechados. Depois o Riccardo aceitou fazer a outra prova que consistia em encontrar uns objectos numa tigela cheia de farinha! Passando isto, fomos até o Calvário onde estava a Rita à nossa espera. Devíamos encontrar bandeiras de várias cores.
Por fim acabámos por descer até ao Jardim onde terminámos o dia. A última prova era um percurso que fez a Sonia com os olhos tapados. Todas as equipas acabaram às 17h30 mais ou menos e estivemos todos à espera dos resultados, bebendo um copo. As “Bananas estragadas” receberam o prémio dos melhores fatos, os “Heróis da Covilhã” o prémio de simpatia e por fim o “Bolo de chocolate” ganhou o jogo. Passámos um dia muito agradável e o jogo foi engraçado.

Noëlle Cascais

Entrevista a um estudante português

A taxa de desemprego em Portugal foi de 7,3 no segundo trimestre de 2006. A taxa de desemprego dos homens foi de 6,4% e das mulheres de 8,3%. Quanto aos jovens (15-24 anos) a taxa de desemprego deles foi de 14,8%. É indubitável que a formação das pessoas ajuda-as a procurarem trabalho. A formação pode ter lugar nas universidades ou nas escolas de ensino de formação profissional.

Fizemos uma entrevista a um estudante da Universidade da Beira Interior para conhecer um pouco mais a realidade dos jovens portugueses. O seu nome está alterado por motivos de confidencialidade, mas vamos chamá-lo de Pablo.
Pelos caminhos de Portugal: Boa tarde, somos jornalistas do Jornal Pelos Caminhos de Portugal podemos fazer-te algumas perguntas sobre a situação dos jovens portugueses?
Pablo: Pois sim.
Pelos Caminhos de Portugal: Podes dizer-nos a percentagem de jovens que estão a estudar nas universidades portuguesas?
Pablo: Não sei exactamente, mas sei que é ou mais baixa de toda Europa (antes da ampliação de 2005).
Pelos Caminhos de Portugal: E por que achas que é assim?
Pablo: Acho que o hábito cultural do país está a desenvolver-se ainda um bocadinho; acredito que estudar é positivo para as pessoas e para procurar melhores trabalhos; mas não todos podem estudar.
Pelos Caminhos de Portugal: Não existem bolsas de estudos para os alunos?
Pablo: Sim, mais têm em consideração os rendimentos da família e também os rendimentos académicos. Hoje para ter bolsa é preciso aprovarem 40% dos créditos do curso. Ainda mais, as bolsas são de pouco dinheiro. A bolsa mínima é de 450 € por ano é a bolsa máxima é de 450 € por mês. Mas não há muitos que a têm porque as pessoas têm mais dinheiro do que dizem ter e ficam com as bolsas (o salário mínimo de Portugal em 2006 é de 5402 € ano ou um equivalente de 450 € cada mês –inclusivamente subsídios de natal e férias)
Pelos caminhos de Portugal: Quanto é que um aluno paga de propina por um ano académico?
Pablo: Aproximadamente 900 € por ano; mas depois acrescenta-se à conta 400 € por mês para a residência e alimentação.
Pelos caminhos de Portugal: E frequente os alunos não estudarem perto da casa dos pais?
Pablo: Sim, é muito comum cá no interior; mas não tanto nas grandes cidades como Porto ou Lisboa. Ainda na Covilhã 80-90% dos estudantes são doutras cidades e as pessoas da Covilhã também vão para outras cidades.
Pelos caminhos de Portugal: Falemos agora do problema de desemprego e da formação dos jovens portugueses... Achas que a formação profissional facilita procurar trabalho mais rapidamente do que a formação universitária?
Pablo: Não, não acho. As pessoas que estudam formação profissional podem ter bom dinheiro mas não mais do que os universitários. Portugal precisa de técnicos especialistas e pessoas com qualificação para trabalhar. Os engenheiros só assinam papéis mas não trabalham.... E mesmo que em certas áreas há muitos universitários, por exemplo os professores e não há lugar para mais professores e então um bom profissional trablha e ganha mais dinheiro. Em outras áreas não há problemas.
Pelos caminhos de Portugal: A formação profissional é considerada de menor categoria?
Pablo: Sim, a formação profissional é considerada de menor categoria e não se dá valor. Mas há muitos cursos e são ajudados pelos fundos europeus –os PRODER.
Pelos caminhos de Portugal: Finalmente que é que pode fazer o governo para solucionar o problema dos estudos e do desemprego?
Pablo: Eh.... complicado.... um bocadinho de....
Pelos caminhos de Portugal: de Sebastianismo?
Pablo: Sim, falta informaçao em relação às saídas profissionais e devia começar-se mais cedo a informar. Em França nas escolas existem reuniões como os orientadores profissionais... existe uma conversa com eles. Se eu falava de engenharia diziam-me: precisas destes conhecimentos de matemática ou de física; e ajudaram bastante o que queria seguir depois. Os portugueses entram em cursos universitários e não sabem o que vão dar. Em engenharia, muitos alunos não estudaram física porque vinham das ciências biomédicas... E para a formação profissional é o mesmo. Há muita pouca informação e os cursos tiram-se por acaso. Não há divulgação; as pessoas não sabem que existem aulas de nível três ou quatro e pensam que só são de um mês. Eu mesmo não tinha ideia para o que ia quando fui a uma aula de formação profissional o ano passado.
Pelos caminhos de Portugal: Muito obrigado pelas tuas respostas.
Pablo: Muito obrigado

Guilhermo Perez- Bustamante



Entrevista a Helena Correia

Nesta semana a Rita levou-nos ao museu de lanifícios para ver uma exposição fotográfica que se chama “12 vues”. Todos os artistas tiveram que contar a visão do mundo deles em só 12 fotografias. Nós ficámos muito interessados pela exposição e então decidimos de entrevistar alguém que trabalha no museu.

1 - Qual é o seu nome?
Helena Correia.

2 - Qual é a sua função neste museu?
Responsável pelo centro de documentação / arquivo histórico do museu de Lanifícios.

3 - O que foi o edifício antes de ser um museu?
Foi um edifício onde funcionaram desde o século XIX até à primeira metade do século XX várias empresas de lanifícios.

4 – Quando é que o museu foi recuperado?
A recuperação arquitectónica foi entre 2000 e 2003, com financiamento da Universidade da Beira interior (25%) e com a ajuda FEDER (75%) através do programa AIBT (Acção Integrada de Base Territorial). O FEDER é um Fundo Europeu de Desenvolvimento regional.

4 - Qual é a entidade que tutela o museu?
A Universidade da Beira Interior.

5 - Que serviços o museu vai disponibilizar?
Agora este edifício está em fase de musealização. Vai ter uma área para exposições temporárias, que já está a funcionar, uma área para exposição permanente, um centro de documentação / arquivo histórico, uma reserva e uma cafetaria.

6 - Qual vai ser a temática do novo museu?
O museu vai abordar a industrialização dos lanifícios que compreende o período entre o séc. XIX e o séc. XX. Prevê-se que esteja concluído nos finais de 2008.

7 - O museu vai ter novos acessos?
A câmara municipal da Covilhã está a fazer uma nova estrada que vai partir da rua Marques D’Ávila e Bolama até a “6a fase” da UBI. O museu já tem um parque de estacionamento próprio para alojar os visitantes mas a Câmara Municipal da Covilhã está a fazer um parque de estacionamento no sítio do Biribau que fica a sul do museu.

8 – Quantas exposições temporárias tem o museu anualmente?
Entre quatro e cinco.

9 – Quem é que escolhe as exposições?
Para comemorar o dia 30 de Abril, dia da UBI, o museu organiza entre duas ou quatro exposições temporárias a realizar nos dois núcleos museológicos que decorrem entre Abril e Junho. Nos meses restantes o museu cede os espaços a diversas entidades ou pessoas que organizam a exposição e o museu procede à montagem e à sua divulgação.

Francesco Gallio
Riccardo Tognaccini
Kaja Sobol


Eilc 2006

Este foi um curso muito intensivo, não só no que diz respeito às aulas como também às actividades e aventuras vividas no mês de Agosto.
Trabalhei com a turma de nível II que, logo no primeiro dia, se mostrou muito interessada e motivada.
A cada dia que passava, tive oportunidade de conhecer todos e aprendi a ler nos olhos deles tanto a energia como o cansaço.
A Alba, sempre divertida e descontraída, mostrou estar consciente das diferenças entre o
português e a sua língua materna.
O Javier, infelizmente não pôde ficar até ao fim, trabalhou bastante e corrigia-se constantemente.
O Francesco, muito trabalhador começou a fazer perguntas logo no primeiro dia.
O Guillermo tinha muita vontade de falar português e andava sempre com a folha de verbos.
A Noëlle muito dedicada, aprendeu muito e ajudou muitos colegas.
O Riccardo, ou melhor, o Pablo revelou-se um escritor com excelente sentido de humor.
A Daria foi descrita como a mais silenciosa da turma mas fala e compreende muito bem português.
A Behnaz, na companhia do seu fiel dicionário, estava sempre com atenção e em pouco tempo começou a falar muito bem.
O Valério, um rapaz com um coração do tamanho do mundo, sorria cada vez que falava correctamente.
O Josep Maria, “o monstro da competição”, trabalhou em equipa e em pouco tempo começou a falar e a compreender.
O Daniele, que nunca trouxe o bolo de chocolate, começou a falar correctamente português em pouco tempo.
A Chiara, que no início não compreendia porque é que estava numa turma de nível II, começou a falar e a compreender português na segunda semana.
O Luca, muito divertido, melhorou bastante, fala e compreende português com facilidade.
A Jessica foi sempre muito cuidadosa e sensível. É pena falar tão baixinho porque tem uma pronúncia fantástica.
A Natascia, sempre bem disposta, no início misturava o português com o italiano e o espanhol e cada vez que errava ria-se muito. Agora já fala muito bem.

As outras turmas também estavam muito motivadas e trabalharam muito.
Estes 43 aventureiros sobreviveram a um curso intensivo, recheado de aulas, actividades e festas, e conquistaram o sucesso. Parabéns a todos. Obrigada!

Ana Rita Carrilho




Obrigado

Este mês foi muito particular, cheio de emoções e de experiências. Conhecemos novas realidades, às vezes completamente opostas, mas sempre fascinantes. Encontrámos a fraternidade, a solidariedade e a amizade.
Visitámos lugares, encontrámos pessoas e personagens tão boas como escondidas, como quem não tem um guia que sabe onde procurar. Participámos em festas dignas deste nome de onde saímos sempre vivos, ou quase. Por certo é um mês que vai ficar em nossas memórias como um mês feliz e sereno.
Não podemos dizer outra coisa que não seja obrigado, obrigado e até logo.
Para dizê-lo, pensámos dedicar-vos esta canção dum grupo folk italiano, os "Modena City Ramblers" (sentíamo-nos em dívida por todas as canções portuguesas que ouvimos). Escolhemo-la porque canta sobre um até logo e não um adeus.

Luca Farinetti
Daniele Gabardi



La strada (Modena City Ramblers)

Di tutti i poeti e i pazzi che abbiamo incontrato per strada ho tenuto una faccia o un nome una lacrima o qualche risata abbiamo bevuto a Galway fatto tardi nei bar di Lisbona riscoperto le storie d'Italia sulle note di qualche canzone. Abbiamo girato insieme e ascoltato le voci dei matti incontrato la gente più strana e imbarcato compagni di viaggio qualcuno è rimasto qualcuno è andato e non s'è più sentito un giorno anche tu hai deciso un abbraccio e poi sei partito. Buon viaggio hermano querido e buon cammino ovunque tu vada forse un giorno potremo incontrarci di nuovo lungo la strada. Di tutti i paesi e le piazze dove abbiamo fermato il furgone abbiamo perso un minuto ad ascoltare un partigiano o qualche ubriacone le strane storie dei vecchi al bar e dei bambini col tè del deserto sono state lezioni di vita che ho imparato e ancora conservo. Buon viaggio... Non sto piangendo sui tempi andati o sul passato e le solite storie perché è stupido fare casino su un ricordo o su qualche canzone non voltarti ti prego nessun rimpianto per quello che è stato che le stelle ti guidino sempre e la strada ti porti lontano Buon viaggio..
.

A rua (Modena City Ramblers)

De todos os poetas e os loucos
que encontrámos na rua
tive uma cara ou um nome
uma lágrima ou alguma gargalhada
bebemos à Galway
fizemos tarde no café de Lisboa
descobrimos a história da Itália
sobre as notas da alguma canção.

girámos juntos
e ouvimos as vozes dos malucos
encontrámos a gente mais estranha
e embarcámos companheiros de viagem
alguém ficou
alguém foi e não é mais sentido
um dia também tu decidiste
um abraço e depois partiste.

Boa viagem irmão querido
e bom caminho em qualquer lugar tu vais
talvez um dia vamos poder encontrar-nos
de novo ao longo da rua.

De todas as aldeias e os rossios
onde parámos a furgoneta
perdemos um minuto a ouvir
um partidário ou algum borracho
as estranhas histórias dos velhos no café
e dos meninos com o chá do deserto
foram lições de vida
que aprendi e ainda conservo.

Boa viagem...

Não estou a chorar pelos tempos passados
ou pelo passado e as habituais histórias
porque é estúpido fazer drama
sobre uma lembrança ou sobre alguma canção
não voltes peço-te
nenhuma saudade por aquilo que foi
que as estrelas te conduzam sempre
e a rua te traga distante.

Boa viagem...


A Esgrima

A esgrima faz parte das artes marciais medievais europeias. Antigamente, todos os homens tinham uma espada, porque lhes era útil para guardar o gado, para atravessar um rio ou afastar um bandido. Mas também para resolver uma discussão sem mais palavras.
Infelizmente, no início do século XX, a espada perdeu a sua importância como arma de autodefesa e, aquando do Regime Salazarista, este instrumento foi proibido. Depois da Revolução dos Cravos, a esgrima tornou-se popular entre os portugueses. Hoje em dia, esta modalidade é considerada um desporto nacional não oficial.
Utiliza-se uma espada curta, com 80 cm, ou uma longa, com 115 cm. Nos treinos, são estudados a concentração e o modo como o objecto é manuseado. No que respeita à competição, a maneira como se joga é diferente. Protege-se o corpo com uma armadura contra as investidas do adversário, que envolve a cabeça, o pescoço, os ombros, o tórax, a barriga, as coxas, os braços e as mãos. O espaço em que decorre a luta é a forma de círculo.
Quando um jogador ganha na sua casa, marca dois pontos. Em caso de empate, os jogadores lutam durante mais um minuto e o vencedor recebe mais um ponto. Se, mesmo assim, o desempate não acontece, a luta decorre por tempo indeterminado até ser achado um vencedor. Os pontos contabilizados nesta parte da luta são apenas os marcados com as pontas vermelhas.
Hansjörg
Moda
Como vimos recentemente nos desfiles, existe uma tendência entre alguns costureiros jovens nesta temporada para uma abordagem mais conservadora e mais prática.
O ano passado não se pôde escapar do estilo aldeão, e não compreendi antes do fim-de-semana passada a que ponto a moda do ano passado foi influenciada pelo estilo do 1810. E porque não? Como experimentámos, têm uma talha folgada e lisonjeira para deslizar sobre as partes do corpo que mais necessitam cobertura e, apesar das cores escuras, mantêm a pessoa fresca ao vento. Parece a escolha perfeita para uma menina sempre consciente da moda.
Não entendi quando a minha mãe disse que todas as modas sempre se estão a repetir. Antes disso percebo que os traços que estão na moda nesta temporada, obviamente, aludem à revolução francesa.

Jessica Smith




A Cozinha Portuguesa

Para os amantes da boa cozinha, aqui estão alguns pratos portugueses.

· Começamos pela sopa:
§ Caldo verde: sopa com batatas, grelos e um pouco de chouriço.

· Continuamos com o prato principal:
§ Arroz de marisco: arroz com frutos do mar;
§ Bacalhau: Algumas pessoas dizem que há 365 maneiras de cozinhar este peixe. Podemos comer pastéis de bacalhau – pequenos croquetes –, bacalhau cozido, assado, grelhado na brasa, À Brás – bacalhau, cebola, batatas, ovos – ou À Gomes de Sá – bacalhau, batatas, cebola, ovos, azeitonas, azeite, leite e leva-se ao forno a alourar;
§ Frango na pólvora – pequeno frango cozido com alho, fiambre, tomate, manteiga, vinho do Porto, vinho branco, especiarias, mostarda e aguardente;
§ Feijoada à transmontana – feijão branco cozido com várias partes do porco, especiarias e salsichas.

· Alguns queijos:
§ Queijo da Serra – queijo de ovelha fabricado na Serra da Estrela;
§ Queijo de Serpa – conservado em azeite. O de Castelo Branco é o mais picante;
§ Queijo de Azeitão – Queijo amanteigado.

· Para acabar, alguns bolos:
§ Papos-de-anjo, de Trás-os-Montes – fruta, gemas de ovo, açúcar e canela;
§ Barriga de Freira – açúcar, manteiga e muitas gemas de ovo;
§ Toucinho-do-céu – açúcar, ovos, manteiga, compota, farinha e amêndoa;

E, evidentemente, há muitas outras especialidades para descobrir.

Őmer e Renan


Uma receita saborosíssima…

“COMO COZINHAVAM UM PORCO NA ANTIGUIDADE”

Uma sugestão: começa com tempo a cozinhá-lo

Você precisa de:
- um bastão longo e sólido
- madeira seca
- sal grosso
- um litro do azeite
- um ramo do alecrim
- palitos de fósforo
- um lugar seguro onde pode fazer fogo
- uma maçã
e de certo usa, preferencialmente, um porco grosso e gordo

Quando apanha o porco, tem de matá-lo com uma faca acerba na garganta.
Deixe o sangue fluir. Depois tire os órgãos e incendeie os pêlos. Unte-o com azeite e junte sal grosso.
Ao mesmo tempo, acenda o fogo.
Ponha uma maçã brilhante na boca do porco e ate-a com uma corda.
Depois enfie o bastão no rabo dele através do interno de modo que o bastão sai pela boca.
Ponha o bastão em cima do fogo e vire regularmente por mais ou menos quatro horas.

É aconselhável servi-lo com um ramo do alecrim e acompanhado com vinho tinto maduro.

BOM APETITE!

Daria e Leen