29 de Agosto de 2006 / Número 3
Podíamos fazer a nossa entrevista com perguntas e respostas vulgares, mas a nossa entrevistada não é uma pessoa qualquer, então inventámos um joguinho: adivinhem quem é!
1- flexível
2- dinâmica
3- teimosa
4- curiosa por coisas novas
5- constante
Gosta dos gatos e detesta a cebola crua, então façam atenção se querem convidá-la para jantar!
Escolheu o Presente como tempo preferido, mas como todos os portugueses tem um sentimento de saudade pelo tempo em que estudou na universidade . . . talvez porque ali encontrou o primeiro amor?
Se queriam fazê-la ficar bêbeda podem oferecer-lhe jeropiga!
E não… quem é?
Então se não adivinharam damo-vos a solução: é Rita Carrilho!
Behnaz Farahatı
Natascıa Nıcolettı
Neste mês tivemos a oportunidade de provar muitos tipos de comidas das diferentes regiões do mundo. É certo que entre os estudantes as comidas mais habituais são a massa, o arroz e as saladas por ser as mais baratas e rápidas; ainda que às vezes também cozinhamos pratos com maior elaboração, como fez ontem Behnaz.
UM JANTAR (Ou ALMOÇO) IRANIANO:
O iogurte de cor-de-rosa:
Para prepararem este molho corado partam a beterraba em pequenos cubos e depois juntem-na com o iogurte natural. Metam-no no frigorífico e deixem-no repousar uma hora, ou até acabarem a preparação do jantar.
O arroz branco:
É preciso usarem o arroz "basmati". Cozinhem-no como a massa ao começo: com muita água, uma pitada de sal e umas gotas de azeite. Retirem a água quando o arroz fique "al dente". Ponham no fundo da panela uma fina camada de batatas cortadas em lâminas e em cima destas o arroz seco. Para terminarem, fechem a panela com a tampa e não a abram até 10-15 minutos depois, quando o arroz e as batatas fiquem prontos.
(Precisa-se muita experiência e bom olho para fazerem bem este prato).
O frango com beringela:
Fritem numa frigideira as beringelas cortadas em quatro ou seis pedaços cada uma. Cortem cebolas em rodelas e piquem alho, refoguem-nos lentamente em azeite numa panela e juntem o frango em pedaços quando fique quase pronto. Deitem concentrado de tomate água, sal e pimenta moída a gosto.
No fim acrescentem as beringelas que vão absorver a água. Deitem um pouco de sumo de limão e em 5 minutos, depois mexam tudo, a comida vai estar pronta!
Podem servir como prato combinado.
(Não pus as quantidades e também não os tempos, porque a Behnaz e experimentadíssima e não os conhece com certeza, ela calcula-os a olho).
UMA SOBREMESA ITALIANA:
O bolo de Tiramisú:
Separem as claras de dois ovos e batam-nas. Preparem café. Batam numa tigela a gema dos ovos com duas colheradas de açúcar e juntem na mistura um frasquinho de queijo mascarpone e as claras. Mexam tudo.
Deixem arrefecer o bolo no frigorífico cerca de meia hora.
Alba Nieto
Era uma vez um grande crocodilo. Ele estava a viajar com algumas crianças às costas.
Um dia, estavam com muita fome e o crocodilo foi buscar comida com elas às costas. Eles procuraram tanto tempo que o crocodilo ficou exausto e morreu. O seu corpo tornou-se tão duro como uma pedra e formou a ilha de Timor. Neste local, a terra era muito fértil e as crianças, como tinham meios de subsistência, povoaram a terra e deram origem ao povo timorense.
Jil Devaux
O Peddy-Paper
Na sexta-feira passada, tivemos uma actividade que se chama “ Peddy Paper”. Começou às 14h30 na reitoria da Universidade. Para começar, uma pessoa de cada equipa devia encontrar uma caixa de plástico (o Guillermo fez esta prova). Isso determinava a ordem de saída das equipas. A nossa equipa chamava-se “Ecas” e era composta pela Sonia, pelo Riccardo, pelo Francesco, pelo Guillermo, pelo Ali e por mim.
Noëlle Cascais
A taxa de desemprego em Portugal foi de 7,3 no segundo trimestre de 2006. A taxa de desemprego dos homens foi de 6,4% e das mulheres de 8,3%. Quanto aos jovens (15-24 anos) a taxa de desemprego deles foi de 14,8%. É indubitável que a formação das pessoas ajuda-as a procurarem trabalho. A formação pode ter lugar nas universidades ou nas escolas de ensino de formação profissional.
Fizemos uma entrevista a um estudante da Universidade da Beira Interior para conhecer um pouco mais a realidade dos jovens portugueses. O seu nome está alterado por motivos de confidencialidade, mas vamos chamá-lo de Pablo.
Guilhermo Perez- Bustamante
Entrevista a Helena Correia
Nesta semana a Rita levou-nos ao museu de lanifícios para ver uma exposição fotográfica que se chama “12 vues”. Todos os artistas tiveram que contar a visão do mundo deles em só 12 fotografias. Nós ficámos muito interessados pela exposição e então decidimos de entrevistar alguém que trabalha no museu.
1 - Qual é o seu nome?
Helena Correia.
2 - Qual é a sua função neste museu?
Responsável pelo centro de documentação / arquivo histórico do museu de Lanifícios.
3 - O que foi o edifício antes de ser um museu?
Foi um edifício onde funcionaram desde o século XIX até à primeira metade do século XX várias empresas de lanifícios.
4 – Quando é que o museu foi recuperado?
A recuperação arquitectónica foi entre 2000 e 2003, com financiamento da Universidade da Beira interior (25%) e com a ajuda FEDER (75%) através do programa AIBT (Acção Integrada de Base Territorial). O FEDER é um Fundo Europeu de Desenvolvimento regional.
4 - Qual é a entidade que tutela o museu?
A Universidade da Beira Interior.
5 - Que serviços o museu vai disponibilizar?
Agora este edifício está em fase de musealização. Vai ter uma área para exposições temporárias, que já está a funcionar, uma área para exposição permanente, um centro de documentação / arquivo histórico, uma reserva e uma cafetaria.
6 - Qual vai ser a temática do novo museu?
O museu vai abordar a industrialização dos lanifícios que compreende o período entre o séc. XIX e o séc. XX. Prevê-se que esteja concluído nos finais de 2008.
7 - O museu vai ter novos acessos?
A câmara municipal da Covilhã está a fazer uma nova estrada que vai partir da rua Marques D’Ávila e Bolama até a “6a fase” da UBI. O museu já tem um parque de estacionamento próprio para alojar os visitantes mas a Câmara Municipal da Covilhã está a fazer um parque de estacionamento no sítio do Biribau que fica a sul do museu.
8 – Quantas exposições temporárias tem o museu anualmente?
Entre quatro e cinco.
9 – Quem é que escolhe as exposições?
Para comemorar o dia 30 de Abril, dia da UBI, o museu organiza entre duas ou quatro exposições temporárias a realizar nos dois núcleos museológicos que decorrem entre Abril e Junho. Nos meses restantes o museu cede os espaços a diversas entidades ou pessoas que organizam a exposição e o museu procede à montagem e à sua divulgação.
Francesco Gallio
Riccardo Tognaccini
Kaja Sobol
Eilc 2006
Este foi um curso muito intensivo, não só no que diz respeito às aulas como também às actividades e aventuras vividas no mês de Agosto.
O Javier, infelizmente não pôde ficar até ao fim, trabalhou bastante e corrigia-se constantemente.
O Francesco, muito trabalhador começou a fazer perguntas logo no primeiro dia.
O Guillermo tinha muita vontade de falar português e andava sempre com a folha de verbos.
A Noëlle muito dedicada, aprendeu muito e ajudou muitos colegas.
O Riccardo, ou melhor, o Pablo revelou-se um escritor com excelente sentido de humor.
A Daria foi descrita como a mais silenciosa da turma mas fala e compreende muito bem português.
A Behnaz, na companhia do seu fiel dicionário, estava sempre com atenção e em pouco tempo começou a falar muito bem.
O Valério, um rapaz com um coração do tamanho do mundo, sorria cada vez que falava correctamente.
O Josep Maria, “o monstro da competição”, trabalhou em equipa e em pouco tempo começou a falar e a compreender.
O Daniele, que nunca trouxe o bolo de chocolate, começou a falar correctamente português em pouco tempo.
A Chiara, que no início não compreendia porque é que estava numa turma de nível II, começou a falar e a compreender português na segunda semana.
O Luca, muito divertido, melhorou bastante, fala e compreende português com facilidade.
A Jessica foi sempre muito cuidadosa e sensível. É pena falar tão baixinho porque tem uma pronúncia fantástica.
A Natascia, sempre bem disposta, no início misturava o português com o italiano e o espanhol e cada vez que errava ria-se muito. Agora já fala muito bem.
As outras turmas também estavam muito motivadas e trabalharam muito.
Estes 43 aventureiros sobreviveram a um curso intensivo, recheado de aulas, actividades e festas, e conquistaram o sucesso. Parabéns a todos. Obrigada!
Ana Rita Carrilho
Obrigado
Este mês foi muito particular, cheio de emoções e de experiências. Conhecemos novas realidades, às vezes completamente opostas, mas sempre fascinantes. Encontrámos a fraternidade, a solidariedade e a amizade.
Para dizê-lo, pensámos dedicar-vos esta canção dum grupo folk italiano, os "Modena City Ramblers" (sentíamo-nos em dívida por todas as canções portuguesas que ouvimos). Escolhemo-la porque canta sobre um até logo e não um adeus.
Luca Farinetti
Daniele Gabardi
La strada (Modena City Ramblers)
Di tutti i poeti e i pazzi che abbiamo incontrato per strada ho tenuto una faccia o un nome una lacrima o qualche risata abbiamo bevuto a Galway fatto tardi nei bar di Lisbona riscoperto le storie d'Italia sulle note di qualche canzone. Abbiamo girato insieme e ascoltato le voci dei matti incontrato la gente più strana e imbarcato compagni di viaggio qualcuno è rimasto qualcuno è andato e non s'è più sentito un giorno anche tu hai deciso un abbraccio e poi sei partito. Buon viaggio hermano querido e buon cammino ovunque tu vada forse un giorno potremo incontrarci di nuovo lungo la strada. Di tutti i paesi e le piazze dove abbiamo fermato il furgone abbiamo perso un minuto ad ascoltare un partigiano o qualche ubriacone le strane storie dei vecchi al bar e dei bambini col tè del deserto sono state lezioni di vita che ho imparato e ancora conservo. Buon viaggio... Non sto piangendo sui tempi andati o sul passato e le solite storie perché è stupido fare casino su un ricordo o su qualche canzone non voltarti ti prego nessun rimpianto per quello che è stato che le stelle ti guidino sempre e la strada ti porti lontano Buon viaggio...
A rua (Modena City Ramblers)
De todos os poetas e os loucos
que encontrámos na rua
tive uma cara ou um nome
uma lágrima ou alguma gargalhada
bebemos à Galway
fizemos tarde no café de Lisboa
descobrimos a história da Itália
sobre as notas da alguma canção.
girámos juntos
e ouvimos as vozes dos malucos
encontrámos a gente mais estranha
e embarcámos companheiros de viagem
alguém ficou
alguém foi e não é mais sentido
um dia também tu decidiste
um abraço e depois partiste.
Boa viagem irmão querido
e bom caminho em qualquer lugar tu vais
talvez um dia vamos poder encontrar-nos
de novo ao longo da rua.
De todas as aldeias e os rossios
onde parámos a furgoneta
perdemos um minuto a ouvir
um partidário ou algum borracho
as estranhas histórias dos velhos no café
e dos meninos com o chá do deserto
foram lições de vida
que aprendi e ainda conservo.
Boa viagem...
Não estou a chorar pelos tempos passados
ou pelo passado e as habituais histórias
porque é estúpido fazer drama
sobre uma lembrança ou sobre alguma canção
não voltes peço-te
nenhuma saudade por aquilo que foi
que as estrelas te conduzam sempre
e a rua te traga distante.
Boa viagem...
A esgrima faz parte das artes marciais medievais europeias. Antigamente, todos os homens tinham uma espada, porque lhes era útil para guardar o gado, para atravessar um rio ou afastar um bandido. Mas também para resolver uma discussão sem mais palavras.
Jessica Smith
A Cozinha Portuguesa
Para os amantes da boa cozinha, aqui estão alguns pratos portugueses.
· Começamos pela sopa:
§ Caldo verde: sopa com batatas, grelos e um pouco de chouriço.
· Continuamos com o prato principal:
§ Arroz de marisco: arroz com frutos do mar;
§ Bacalhau: Algumas pessoas dizem que há 365 maneiras de cozinhar este peixe. Podemos comer pastéis de bacalhau – pequenos croquetes –, bacalhau cozido, assado, grelhado na brasa, À Brás – bacalhau, cebola, batatas, ovos – ou À Gomes de Sá – bacalhau, batatas, cebola, ovos, azeitonas, azeite, leite e leva-se ao forno a alourar;
§ Frango na pólvora – pequeno frango cozido com alho, fiambre, tomate, manteiga, vinho do Porto, vinho branco, especiarias, mostarda e aguardente;
§ Feijoada à transmontana – feijão branco cozido com várias partes do porco, especiarias e salsichas.
· Alguns queijos:
§ Queijo da Serra – queijo de ovelha fabricado na Serra da Estrela;
§ Queijo de Serpa – conservado em azeite. O de Castelo Branco é o mais picante;
§ Queijo de Azeitão – Queijo amanteigado.
· Para acabar, alguns bolos:
§ Papos-de-anjo, de Trás-os-Montes – fruta, gemas de ovo, açúcar e canela;
§ Barriga de Freira – açúcar, manteiga e muitas gemas de ovo;
§ Toucinho-do-céu – açúcar, ovos, manteiga, compota, farinha e amêndoa;
E, evidentemente, há muitas outras especialidades para descobrir.
Őmer e Renan
Uma receita saborosíssima…
“COMO COZINHAVAM UM PORCO NA ANTIGUIDADE”
Uma sugestão: começa com tempo a cozinhá-lo
Você precisa de:
- um bastão longo e sólido
- madeira seca
- sal grosso
- um litro do azeite
- um ramo do alecrim
- palitos de fósforo
- um lugar seguro onde pode fazer fogo
- uma maçã
e de certo usa, preferencialmente, um porco grosso e gordo
Quando apanha o porco, tem de matá-lo com uma faca acerba na garganta.
Deixe o sangue fluir. Depois tire os órgãos e incendeie os pêlos. Unte-o com azeite e junte sal grosso.
Ao mesmo tempo, acenda o fogo.
Ponha uma maçã brilhante na boca do porco e ate-a com uma corda.
Depois enfie o bastão no rabo dele através do interno de modo que o bastão sai pela boca.
Ponha o bastão em cima do fogo e vire regularmente por mais ou menos quatro horas.
É aconselhável servi-lo com um ramo do alecrim e acompanhado com vinho tinto maduro.
BOM APETITE!
Daria e Leen
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