domingo, setembro 17, 2006

Acampamento no CENTA - 19 e 20 de Agosto





Acampamento no CENTA - 19 e 20 de Agosto

Conferência dos Teatro Praga




Acampamento no CENTA - 19 e 20 de Agosto

Landmark











quarta-feira, setembro 13, 2006

Jantar de encerramento

24 de Agosto de 2006 / Número 2


Aeroporto

quinta-feira, setembro 07, 2006

24 de Agosto / Número 2


Vista da janela do meu quarto na residência
Jessica Smith

quarta-feira, setembro 06, 2006

29 de Agosto de 2006 / Número 3

Um lugar óptimo para o intervalo
O edifício principal da Universidade da Beira Interior é muito bonito. Esta é uma Universidade pequena, mas agradável.
Eu não estou habituada a ver Universidades deste tamanho, porque estudo na maior Universidade da República Checa, que tem muitos edifícios diferentes. Todas as Faculdades têm edifícios próprios. Por exemplo, o edifício da minha é maior do que o edifício principal da UBI. Mas este último é mais bonito. É antigo e abraça um Museu também.
Acho que, para os estudantes, um lugar óptimo é o jardim pequeno no seu interior. Podemos usufruir dele para descansar durante o intervalo, para conversar e para estudar para um teste. É agradável estar sentada no banquinho e apanhar sol ou ler um livro.
Penso que é importante ter um lugar como este na escola, porque sem descansar não é possível concentrarmo-nos durante muito tempo.
Outro espaço possível para passar o intervalo é o bar. É um sítio agradável também. As pessoas que trabalham lá são amigáveis e pacientes com o nosso português. O café é bom e os bolos excelentes. Nós vamos lá todos os dias para passar o nosso intervalo.
Eva
Um dia histórico
Quando estava a voltar da fonte e passava pela quinta dos irmãos Moniz, eu vi um homem que estava a falar com os militares franceses. Também vi como ele trocava comida por informações.
Cheguei a Almeida e expliquei ao resto das pessoas o que eu vi e ouvi naquela quinta. Quando este homem chegou a Almeida, nós apanhámo-lo e pelas ruas da aldeia estávamos a chamar-lhe traidor e mau português. Só a família dele estava a defendê-lo.
Levámo-lo até à praça da aldeia, onde a justiça tinha que decidir o futuro dele.Nós tínhamos razão e foi condenado à morte.
Depois dum agradável jantar, com danças regionais, ouvimos como o exército francês estava a chegar às muralhas de Almeida. O nosso exército foi para a batalha e nós estávamos dentro das muralhas.
O corajoso exército português venceu aos franceses e nós dançámos toda a noite pelas ruas de Almeida.Viva Portugal ! Viva Almeida !
Josep Maria Olivé
Adivinhem quem é?

Podíamos fazer a nossa entrevista com perguntas e respostas vulgares, mas a nossa entrevistada não é uma pessoa qualquer, então inventámos um joguinho: adivinhem quem é!
Tem 27 anos, ensina língua portuguesa aos estrangeiros há quatro anos e no tempo dela estudou língua e cultura portuguesa, foi presidente do núcleo dos estudantes do curso dela e trabalhou com a associação académica da UBI e ainda no teatro universitário: teatrubı.
Actualmente é “solteira e boa rapariga” e indício importante gosta do café sem açúcar e. . . da velocidade.
Descreveu a sua personalidade como um dia de sol, mas não muito quente e se pudesse dar-se 5 características pessoais eram:
1- flexível
2- dinâmica
3- teimosa
4- curiosa por coisas novas
5- constante
E atenção… fica zangada pela falta de respeito e de educação!
Gosta dos gatos e detesta a cebola crua, então façam atenção se querem convidá-la para jantar!
Escolheu o Presente como tempo preferido, mas como todos os portugueses tem um sentimento de saudade pelo tempo em que estudou na universidade . . . talvez porque ali encontrou o primeiro amor?
Se queriam fazê-la ficar bêbeda podem oferecer-lhe jeropiga!
E não… quem é?
Ainda um indício, fica multo contente por este grupo de estudantes, porque somos muito juntos e tem uma relação muito estreita com um objecto… o giz ! E para a nossa experiência Erasmus sugere-nos “aproveitem este ano para conhecer pessoas e culturas novas. Vocês vão conhecer o que significa a saudade”
E ainda uma sugestão, para as raparigas e os rapazes: “homens e mulheres são muito parecidos, mas não sabem que são!”
Então se não adivinharam damo-vos a solução: é Rita Carrilho!

Behnaz Farahatı
Natascıa Nıcolettı

Bom Apetite!

Neste mês tivemos a oportunidade de provar muitos tipos de comidas das diferentes regiões do mundo. É certo que entre os estudantes as comidas mais habituais são a massa, o arroz e as saladas por ser as mais baratas e rápidas; ainda que às vezes também cozinhamos pratos com maior elaboração, como fez ontem Behnaz.
Logo a seguir, nestas linhas vou escrever as receitas do jantar da Behnaz e também a receita do bolo da Natascia.

UM JANTAR (Ou ALMOÇO) IRANIANO:

O iogurte de cor-de-rosa:
Para prepararem este molho corado partam a beterraba em pequenos cubos e depois juntem-na com o iogurte natural. Metam-no no frigorífico e deixem-no repousar uma hora, ou até acabarem a preparação do jantar.

O arroz branco:
É preciso usarem o arroz "basmati". Cozinhem-no como a massa ao começo: com muita água, uma pitada de sal e umas gotas de azeite. Retirem a água quando o arroz fique "al dente". Ponham no fundo da panela uma fina camada de batatas cortadas em lâminas e em cima destas o arroz seco. Para terminarem, fechem a panela com a tampa e não a abram até 10-15 minutos depois, quando o arroz e as batatas fiquem prontos.
(Precisa-se muita experiência e bom olho para fazerem bem este prato).

O frango com beringela:
Fritem numa frigideira as beringelas cortadas em quatro ou seis pedaços cada uma. Cortem cebolas em rodelas e piquem alho, refoguem-nos lentamente em azeite numa panela e juntem o frango em pedaços quando fique quase pronto. Deitem concentrado de tomate água, sal e pimenta moída a gosto.
No fim acrescentem as beringelas que vão absorver a água. Deitem um pouco de sumo de limão e em 5 minutos, depois mexam tudo, a comida vai estar pronta!

Podem servir como prato combinado.

(Não pus as quantidades e também não os tempos, porque a Behnaz e experimentadíssima e não os conhece com certeza, ela calcula-os a olho).


UMA SOBREMESA ITALIANA:

O bolo de Tiramisú:
Separem as claras de dois ovos e batam-nas. Preparem café. Batam numa tigela a gema dos ovos com duas colheradas de açúcar e juntem na mistura um frasquinho de queijo mascarpone e as claras. Mexam tudo.
Numa forma, façam uma camada de "palitos champanhe" embebidos no café, em cima desta outra camada de creme do queijo e polvilhem com chocolate em pó. Repitam a operação até encher a forma.

Deixem arrefecer o bolo no frigorífico cerca de meia hora.

Alba Nieto

O Crocodilo Timor

Era uma vez um grande crocodilo. Ele estava a viajar com algumas crianças às costas.
Um dia, estavam com muita fome e o crocodilo foi buscar comida com elas às costas. Eles procuraram tanto tempo que o crocodilo ficou exausto e morreu. O seu corpo tornou-se tão duro como uma pedra e formou a ilha de Timor. Neste local, a terra era muito fértil e as crianças, como tinham meios de subsistência, povoaram a terra e deram origem ao povo timorense.
Esta é a história da criação da ilha de Timor, que se tornou num mito. Nós podemos ver, na imagem, que esta ilha tem a forma de um crocodilo.

Jil Devaux



O Peddy-Paper

Na sexta-feira passada, tivemos uma actividade que se chama “ Peddy Paper”. Começou às 14h30 na reitoria da Universidade. Para começar, uma pessoa de cada equipa devia encontrar uma caixa de plástico (o Guillermo fez esta prova). Isso determinava a ordem de saída das equipas. A nossa equipa chamava-se “Ecas” e era composta pela Sonia, pelo Riccardo, pelo Francesco, pelo Guillermo, pelo Ali e por mim.
Saímos da reitoria para o jardim da universidade. Fizemos lá uma primeira prova que era um percurso com várias provas. Participámos todos. Depois fomos até a praça da Câmara Municipal onde estava o Milton. Devíamos encontrar o verdadeiro indício entre cincos. Acabando esta prova fomos até uma fonte onde estavam a Cíntia, a Liliana e o Filipe.
O Francesco devia conseguir furar umas bolas de plástico com os olhos fechados. Depois o Riccardo aceitou fazer a outra prova que consistia em encontrar uns objectos numa tigela cheia de farinha! Passando isto, fomos até o Calvário onde estava a Rita à nossa espera. Devíamos encontrar bandeiras de várias cores.
Por fim acabámos por descer até ao Jardim onde terminámos o dia. A última prova era um percurso que fez a Sonia com os olhos tapados. Todas as equipas acabaram às 17h30 mais ou menos e estivemos todos à espera dos resultados, bebendo um copo. As “Bananas estragadas” receberam o prémio dos melhores fatos, os “Heróis da Covilhã” o prémio de simpatia e por fim o “Bolo de chocolate” ganhou o jogo. Passámos um dia muito agradável e o jogo foi engraçado.

Noëlle Cascais

Entrevista a um estudante português

A taxa de desemprego em Portugal foi de 7,3 no segundo trimestre de 2006. A taxa de desemprego dos homens foi de 6,4% e das mulheres de 8,3%. Quanto aos jovens (15-24 anos) a taxa de desemprego deles foi de 14,8%. É indubitável que a formação das pessoas ajuda-as a procurarem trabalho. A formação pode ter lugar nas universidades ou nas escolas de ensino de formação profissional.

Fizemos uma entrevista a um estudante da Universidade da Beira Interior para conhecer um pouco mais a realidade dos jovens portugueses. O seu nome está alterado por motivos de confidencialidade, mas vamos chamá-lo de Pablo.
Pelos caminhos de Portugal: Boa tarde, somos jornalistas do Jornal Pelos Caminhos de Portugal podemos fazer-te algumas perguntas sobre a situação dos jovens portugueses?
Pablo: Pois sim.
Pelos Caminhos de Portugal: Podes dizer-nos a percentagem de jovens que estão a estudar nas universidades portuguesas?
Pablo: Não sei exactamente, mas sei que é ou mais baixa de toda Europa (antes da ampliação de 2005).
Pelos Caminhos de Portugal: E por que achas que é assim?
Pablo: Acho que o hábito cultural do país está a desenvolver-se ainda um bocadinho; acredito que estudar é positivo para as pessoas e para procurar melhores trabalhos; mas não todos podem estudar.
Pelos Caminhos de Portugal: Não existem bolsas de estudos para os alunos?
Pablo: Sim, mais têm em consideração os rendimentos da família e também os rendimentos académicos. Hoje para ter bolsa é preciso aprovarem 40% dos créditos do curso. Ainda mais, as bolsas são de pouco dinheiro. A bolsa mínima é de 450 € por ano é a bolsa máxima é de 450 € por mês. Mas não há muitos que a têm porque as pessoas têm mais dinheiro do que dizem ter e ficam com as bolsas (o salário mínimo de Portugal em 2006 é de 5402 € ano ou um equivalente de 450 € cada mês –inclusivamente subsídios de natal e férias)
Pelos caminhos de Portugal: Quanto é que um aluno paga de propina por um ano académico?
Pablo: Aproximadamente 900 € por ano; mas depois acrescenta-se à conta 400 € por mês para a residência e alimentação.
Pelos caminhos de Portugal: E frequente os alunos não estudarem perto da casa dos pais?
Pablo: Sim, é muito comum cá no interior; mas não tanto nas grandes cidades como Porto ou Lisboa. Ainda na Covilhã 80-90% dos estudantes são doutras cidades e as pessoas da Covilhã também vão para outras cidades.
Pelos caminhos de Portugal: Falemos agora do problema de desemprego e da formação dos jovens portugueses... Achas que a formação profissional facilita procurar trabalho mais rapidamente do que a formação universitária?
Pablo: Não, não acho. As pessoas que estudam formação profissional podem ter bom dinheiro mas não mais do que os universitários. Portugal precisa de técnicos especialistas e pessoas com qualificação para trabalhar. Os engenheiros só assinam papéis mas não trabalham.... E mesmo que em certas áreas há muitos universitários, por exemplo os professores e não há lugar para mais professores e então um bom profissional trablha e ganha mais dinheiro. Em outras áreas não há problemas.
Pelos caminhos de Portugal: A formação profissional é considerada de menor categoria?
Pablo: Sim, a formação profissional é considerada de menor categoria e não se dá valor. Mas há muitos cursos e são ajudados pelos fundos europeus –os PRODER.
Pelos caminhos de Portugal: Finalmente que é que pode fazer o governo para solucionar o problema dos estudos e do desemprego?
Pablo: Eh.... complicado.... um bocadinho de....
Pelos caminhos de Portugal: de Sebastianismo?
Pablo: Sim, falta informaçao em relação às saídas profissionais e devia começar-se mais cedo a informar. Em França nas escolas existem reuniões como os orientadores profissionais... existe uma conversa com eles. Se eu falava de engenharia diziam-me: precisas destes conhecimentos de matemática ou de física; e ajudaram bastante o que queria seguir depois. Os portugueses entram em cursos universitários e não sabem o que vão dar. Em engenharia, muitos alunos não estudaram física porque vinham das ciências biomédicas... E para a formação profissional é o mesmo. Há muita pouca informação e os cursos tiram-se por acaso. Não há divulgação; as pessoas não sabem que existem aulas de nível três ou quatro e pensam que só são de um mês. Eu mesmo não tinha ideia para o que ia quando fui a uma aula de formação profissional o ano passado.
Pelos caminhos de Portugal: Muito obrigado pelas tuas respostas.
Pablo: Muito obrigado

Guilhermo Perez- Bustamante



Entrevista a Helena Correia

Nesta semana a Rita levou-nos ao museu de lanifícios para ver uma exposição fotográfica que se chama “12 vues”. Todos os artistas tiveram que contar a visão do mundo deles em só 12 fotografias. Nós ficámos muito interessados pela exposição e então decidimos de entrevistar alguém que trabalha no museu.

1 - Qual é o seu nome?
Helena Correia.

2 - Qual é a sua função neste museu?
Responsável pelo centro de documentação / arquivo histórico do museu de Lanifícios.

3 - O que foi o edifício antes de ser um museu?
Foi um edifício onde funcionaram desde o século XIX até à primeira metade do século XX várias empresas de lanifícios.

4 – Quando é que o museu foi recuperado?
A recuperação arquitectónica foi entre 2000 e 2003, com financiamento da Universidade da Beira interior (25%) e com a ajuda FEDER (75%) através do programa AIBT (Acção Integrada de Base Territorial). O FEDER é um Fundo Europeu de Desenvolvimento regional.

4 - Qual é a entidade que tutela o museu?
A Universidade da Beira Interior.

5 - Que serviços o museu vai disponibilizar?
Agora este edifício está em fase de musealização. Vai ter uma área para exposições temporárias, que já está a funcionar, uma área para exposição permanente, um centro de documentação / arquivo histórico, uma reserva e uma cafetaria.

6 - Qual vai ser a temática do novo museu?
O museu vai abordar a industrialização dos lanifícios que compreende o período entre o séc. XIX e o séc. XX. Prevê-se que esteja concluído nos finais de 2008.

7 - O museu vai ter novos acessos?
A câmara municipal da Covilhã está a fazer uma nova estrada que vai partir da rua Marques D’Ávila e Bolama até a “6a fase” da UBI. O museu já tem um parque de estacionamento próprio para alojar os visitantes mas a Câmara Municipal da Covilhã está a fazer um parque de estacionamento no sítio do Biribau que fica a sul do museu.

8 – Quantas exposições temporárias tem o museu anualmente?
Entre quatro e cinco.

9 – Quem é que escolhe as exposições?
Para comemorar o dia 30 de Abril, dia da UBI, o museu organiza entre duas ou quatro exposições temporárias a realizar nos dois núcleos museológicos que decorrem entre Abril e Junho. Nos meses restantes o museu cede os espaços a diversas entidades ou pessoas que organizam a exposição e o museu procede à montagem e à sua divulgação.

Francesco Gallio
Riccardo Tognaccini
Kaja Sobol


Eilc 2006

Este foi um curso muito intensivo, não só no que diz respeito às aulas como também às actividades e aventuras vividas no mês de Agosto.
Trabalhei com a turma de nível II que, logo no primeiro dia, se mostrou muito interessada e motivada.
A cada dia que passava, tive oportunidade de conhecer todos e aprendi a ler nos olhos deles tanto a energia como o cansaço.
A Alba, sempre divertida e descontraída, mostrou estar consciente das diferenças entre o
português e a sua língua materna.
O Javier, infelizmente não pôde ficar até ao fim, trabalhou bastante e corrigia-se constantemente.
O Francesco, muito trabalhador começou a fazer perguntas logo no primeiro dia.
O Guillermo tinha muita vontade de falar português e andava sempre com a folha de verbos.
A Noëlle muito dedicada, aprendeu muito e ajudou muitos colegas.
O Riccardo, ou melhor, o Pablo revelou-se um escritor com excelente sentido de humor.
A Daria foi descrita como a mais silenciosa da turma mas fala e compreende muito bem português.
A Behnaz, na companhia do seu fiel dicionário, estava sempre com atenção e em pouco tempo começou a falar muito bem.
O Valério, um rapaz com um coração do tamanho do mundo, sorria cada vez que falava correctamente.
O Josep Maria, “o monstro da competição”, trabalhou em equipa e em pouco tempo começou a falar e a compreender.
O Daniele, que nunca trouxe o bolo de chocolate, começou a falar correctamente português em pouco tempo.
A Chiara, que no início não compreendia porque é que estava numa turma de nível II, começou a falar e a compreender português na segunda semana.
O Luca, muito divertido, melhorou bastante, fala e compreende português com facilidade.
A Jessica foi sempre muito cuidadosa e sensível. É pena falar tão baixinho porque tem uma pronúncia fantástica.
A Natascia, sempre bem disposta, no início misturava o português com o italiano e o espanhol e cada vez que errava ria-se muito. Agora já fala muito bem.

As outras turmas também estavam muito motivadas e trabalharam muito.
Estes 43 aventureiros sobreviveram a um curso intensivo, recheado de aulas, actividades e festas, e conquistaram o sucesso. Parabéns a todos. Obrigada!

Ana Rita Carrilho




Obrigado

Este mês foi muito particular, cheio de emoções e de experiências. Conhecemos novas realidades, às vezes completamente opostas, mas sempre fascinantes. Encontrámos a fraternidade, a solidariedade e a amizade.
Visitámos lugares, encontrámos pessoas e personagens tão boas como escondidas, como quem não tem um guia que sabe onde procurar. Participámos em festas dignas deste nome de onde saímos sempre vivos, ou quase. Por certo é um mês que vai ficar em nossas memórias como um mês feliz e sereno.
Não podemos dizer outra coisa que não seja obrigado, obrigado e até logo.
Para dizê-lo, pensámos dedicar-vos esta canção dum grupo folk italiano, os "Modena City Ramblers" (sentíamo-nos em dívida por todas as canções portuguesas que ouvimos). Escolhemo-la porque canta sobre um até logo e não um adeus.

Luca Farinetti
Daniele Gabardi



La strada (Modena City Ramblers)

Di tutti i poeti e i pazzi che abbiamo incontrato per strada ho tenuto una faccia o un nome una lacrima o qualche risata abbiamo bevuto a Galway fatto tardi nei bar di Lisbona riscoperto le storie d'Italia sulle note di qualche canzone. Abbiamo girato insieme e ascoltato le voci dei matti incontrato la gente più strana e imbarcato compagni di viaggio qualcuno è rimasto qualcuno è andato e non s'è più sentito un giorno anche tu hai deciso un abbraccio e poi sei partito. Buon viaggio hermano querido e buon cammino ovunque tu vada forse un giorno potremo incontrarci di nuovo lungo la strada. Di tutti i paesi e le piazze dove abbiamo fermato il furgone abbiamo perso un minuto ad ascoltare un partigiano o qualche ubriacone le strane storie dei vecchi al bar e dei bambini col tè del deserto sono state lezioni di vita che ho imparato e ancora conservo. Buon viaggio... Non sto piangendo sui tempi andati o sul passato e le solite storie perché è stupido fare casino su un ricordo o su qualche canzone non voltarti ti prego nessun rimpianto per quello che è stato che le stelle ti guidino sempre e la strada ti porti lontano Buon viaggio..
.

A rua (Modena City Ramblers)

De todos os poetas e os loucos
que encontrámos na rua
tive uma cara ou um nome
uma lágrima ou alguma gargalhada
bebemos à Galway
fizemos tarde no café de Lisboa
descobrimos a história da Itália
sobre as notas da alguma canção.

girámos juntos
e ouvimos as vozes dos malucos
encontrámos a gente mais estranha
e embarcámos companheiros de viagem
alguém ficou
alguém foi e não é mais sentido
um dia também tu decidiste
um abraço e depois partiste.

Boa viagem irmão querido
e bom caminho em qualquer lugar tu vais
talvez um dia vamos poder encontrar-nos
de novo ao longo da rua.

De todas as aldeias e os rossios
onde parámos a furgoneta
perdemos um minuto a ouvir
um partidário ou algum borracho
as estranhas histórias dos velhos no café
e dos meninos com o chá do deserto
foram lições de vida
que aprendi e ainda conservo.

Boa viagem...

Não estou a chorar pelos tempos passados
ou pelo passado e as habituais histórias
porque é estúpido fazer drama
sobre uma lembrança ou sobre alguma canção
não voltes peço-te
nenhuma saudade por aquilo que foi
que as estrelas te conduzam sempre
e a rua te traga distante.

Boa viagem...


A Esgrima

A esgrima faz parte das artes marciais medievais europeias. Antigamente, todos os homens tinham uma espada, porque lhes era útil para guardar o gado, para atravessar um rio ou afastar um bandido. Mas também para resolver uma discussão sem mais palavras.
Infelizmente, no início do século XX, a espada perdeu a sua importância como arma de autodefesa e, aquando do Regime Salazarista, este instrumento foi proibido. Depois da Revolução dos Cravos, a esgrima tornou-se popular entre os portugueses. Hoje em dia, esta modalidade é considerada um desporto nacional não oficial.
Utiliza-se uma espada curta, com 80 cm, ou uma longa, com 115 cm. Nos treinos, são estudados a concentração e o modo como o objecto é manuseado. No que respeita à competição, a maneira como se joga é diferente. Protege-se o corpo com uma armadura contra as investidas do adversário, que envolve a cabeça, o pescoço, os ombros, o tórax, a barriga, as coxas, os braços e as mãos. O espaço em que decorre a luta é a forma de círculo.
Quando um jogador ganha na sua casa, marca dois pontos. Em caso de empate, os jogadores lutam durante mais um minuto e o vencedor recebe mais um ponto. Se, mesmo assim, o desempate não acontece, a luta decorre por tempo indeterminado até ser achado um vencedor. Os pontos contabilizados nesta parte da luta são apenas os marcados com as pontas vermelhas.
Hansjörg
Moda
Como vimos recentemente nos desfiles, existe uma tendência entre alguns costureiros jovens nesta temporada para uma abordagem mais conservadora e mais prática.
O ano passado não se pôde escapar do estilo aldeão, e não compreendi antes do fim-de-semana passada a que ponto a moda do ano passado foi influenciada pelo estilo do 1810. E porque não? Como experimentámos, têm uma talha folgada e lisonjeira para deslizar sobre as partes do corpo que mais necessitam cobertura e, apesar das cores escuras, mantêm a pessoa fresca ao vento. Parece a escolha perfeita para uma menina sempre consciente da moda.
Não entendi quando a minha mãe disse que todas as modas sempre se estão a repetir. Antes disso percebo que os traços que estão na moda nesta temporada, obviamente, aludem à revolução francesa.

Jessica Smith




A Cozinha Portuguesa

Para os amantes da boa cozinha, aqui estão alguns pratos portugueses.

· Começamos pela sopa:
§ Caldo verde: sopa com batatas, grelos e um pouco de chouriço.

· Continuamos com o prato principal:
§ Arroz de marisco: arroz com frutos do mar;
§ Bacalhau: Algumas pessoas dizem que há 365 maneiras de cozinhar este peixe. Podemos comer pastéis de bacalhau – pequenos croquetes –, bacalhau cozido, assado, grelhado na brasa, À Brás – bacalhau, cebola, batatas, ovos – ou À Gomes de Sá – bacalhau, batatas, cebola, ovos, azeitonas, azeite, leite e leva-se ao forno a alourar;
§ Frango na pólvora – pequeno frango cozido com alho, fiambre, tomate, manteiga, vinho do Porto, vinho branco, especiarias, mostarda e aguardente;
§ Feijoada à transmontana – feijão branco cozido com várias partes do porco, especiarias e salsichas.

· Alguns queijos:
§ Queijo da Serra – queijo de ovelha fabricado na Serra da Estrela;
§ Queijo de Serpa – conservado em azeite. O de Castelo Branco é o mais picante;
§ Queijo de Azeitão – Queijo amanteigado.

· Para acabar, alguns bolos:
§ Papos-de-anjo, de Trás-os-Montes – fruta, gemas de ovo, açúcar e canela;
§ Barriga de Freira – açúcar, manteiga e muitas gemas de ovo;
§ Toucinho-do-céu – açúcar, ovos, manteiga, compota, farinha e amêndoa;

E, evidentemente, há muitas outras especialidades para descobrir.

Őmer e Renan


Uma receita saborosíssima…

“COMO COZINHAVAM UM PORCO NA ANTIGUIDADE”

Uma sugestão: começa com tempo a cozinhá-lo

Você precisa de:
- um bastão longo e sólido
- madeira seca
- sal grosso
- um litro do azeite
- um ramo do alecrim
- palitos de fósforo
- um lugar seguro onde pode fazer fogo
- uma maçã
e de certo usa, preferencialmente, um porco grosso e gordo

Quando apanha o porco, tem de matá-lo com uma faca acerba na garganta.
Deixe o sangue fluir. Depois tire os órgãos e incendeie os pêlos. Unte-o com azeite e junte sal grosso.
Ao mesmo tempo, acenda o fogo.
Ponha uma maçã brilhante na boca do porco e ate-a com uma corda.
Depois enfie o bastão no rabo dele através do interno de modo que o bastão sai pela boca.
Ponha o bastão em cima do fogo e vire regularmente por mais ou menos quatro horas.

É aconselhável servi-lo com um ramo do alecrim e acompanhado com vinho tinto maduro.

BOM APETITE!

Daria e Leen

terça-feira, setembro 05, 2006

24 de Agosto de 2006 / Número 2

COMPARANDO CENTROS COMERCIAIS

O Continente e o Lidl são supermercados na Covilhã. Se podem andar mais para baixo da residência, depois do hotel, as escadas são à esquerda da rua. Descem as escadas, encontram o Continente. Depois do hotel, seguem a rua, encontram o Lidl. É à direita da rua.

O Continente é o supermercado maior na Covilhã. É dentro do Serra Shopping. O Lidl é o outro supermercado mas fica sozinho. O Continente tem muitas marcas e também tem produtos dele. O Lidl não é tão grande como o Continente mas tambem tem produtos dele. O Lidl é mais barato do que o Continente, mas os produtos são limitados.

No Continente podem gastar mais tempo porque tem muitas partes como o departamento de livros e o departamento de electrónica mas o Lidl tem somente o alimentar. O Continente tem muitas prateleiras mas o Lidl tem somente a caixa. O Continente é mais avançado do que o Lidl. A atmosfera do Continente é mais fresca do que o Lidl. Preferimos o Continente, que é melhor do que o Lidl porque os todos dias vamos lá fazer as compras.

Se vão ao Lidl, não se esqueçam de sacos plásticos porque eles não dão sacos plásticos, eles vendem sacos plásticos.

Burak Meta
Ali Emre Sözer


O VINHO DO PORTO

O vinho do Porto é uma bebida com uma percentagem elevada de álcool e é composto por vinho e aguardente. Este produto contém grande parte do açúcar da uva, o fruto que está na base do vinho e que é apanhado em Setembro. Existem cinco qualidades de vinho do Porto, que têm o nome de Tawny, Ruby, White, Vintage e Late bottled vintage. O amadurecimento demora de três a quarenta anos.
Relativamente ao Tawny, podemos dizer que tem um aspecto acastanhado e sabe a frutos secos, nomeadamente a noz. O Ruby é avermelhado e sabe a fruta. O White bebe-se fresco antes da refeição. Os melhores vinhos do Porto são, finalmente, os Vintage e, no que respeita ao Late bottled vintage, os especialistas afirmam que não amadurece dentro da garrafa.
Hansjörg Schmidt

O NOSSO LANDMARK NO CENTA

No Domingo passado fizemos o nosso landmark (a língua portuguesa tem muitas palavras do inglês e do francês).
O Nuno pediu-nos para pintarmos uma pedra do chão. Cada um procurou uma pedra. Alguns tivemos dificuldade em procurá-la porque havia muitas e tão diferentes!
Depois de pintá-la pusemos as nossas pedras por baixo duma árvore. Lá ficarão até que a água da chuva as apague. Arte efémera? Isso, cada um sabe! Mas para o Nuno não foi só um jogo com pintura a cores, senão arte contemporânea.
Lembras-te do que pintaste? Tem algum significado ou não é necessário que tenha?

Guilhermo Perez- Bustamante


O TRACTOR

No segundo dia do acampamento, à tarde, tivemos de ir ver uma obra de arte moderna e logo num meio de transporte muito especial… o tractor!
O tractor tem duas partes: uma é o motor e a outra é o reboque que é o lugar onde ficam as pessoas que têm de ir no tractor. O reboque, basicamente, é uma plataforma de ferro (eu acho que foi feita para fazer massagens contra a celulite).
A minha viagem no tractor foi muito divertida porque nós estávamos todos cansados (e um pouco bêbados) e riamos em cada buraco no chão por que passávamos e nos fazia saltar. Em particular o Luca e o Daniele brincaram muito durante a viagem e, juntamente com o Valerio, divertiram-se a atirar bocados de cortiça às pessoas que iam em pé.
A pessoa que ficou melhor foi o Filipe porque ele não se sentou no reboque mas sentou-se em cima do motor, atrás do motorista, de maneira que não sentiu nenhum buraco, porque, ao contrário do reboque, o tractor tem amortecedores.

Riccardo Tognaccini “Pablo”


UMA OBRA DE ARTE PRECISA DE UM TÍTULO?

Este artigo começa com uma pergunta que surgiu durante a visão de algumas curtas-metragens que nós vimos no CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas). Algumas premissas: fomos ao CENTA de Sábado até Domingo à tarde.
Este é um centro artístico, imenso, na natureza, aonde alguns artistas moram, tentando exprimir a própria arte, sem interferência do supérfluo. Há muitas obras de arte neste centro, mas não é um tipo de arte chamada clássica, mas é arte contemporânea.
No centro, os artistas mostraram-nos algumas curtas-metragens como exemplo de performances de arte moderna. Depois desta apresentação nasceu uma discussão sobre a necessidade de uma obra de arte ter um título. Alguém disse que um artista tem de pôr um título para guiar a interpretação de quem olha para as obras, mas outros não estavam de acordo e diziam que só o autor é um meio para alcançar o público e para este a obra dele não precisa de ser explicada através de um título. Ao contrário, quando uma obra não tem título toca, mais profundamente, a imaginação do público! A discussão não leva a uma conclusão principal e deixou-me a dúvida aberta.
No dia seguinte fomos ver uma obra de Rui Moreira, que é um exemplo de landart. É uma instalação branca, que fica sobre uma colina, onde se pode ver toda a paisagem: o título é Anfiteatro para um. Então há uma obra de arte moderna que tinha um título! Mas quando olho à volta não tinha explicação para descrever as impressões que tive ali, sentada na instalação.

Natascia Nicoletti

O JARDIM DA COVILHÃ

Há um jardim onde nós vamos sempre para passar o tempo na Covilhã: no jardim. Lá há um parque de crianças,um bar,um charco e muitas árvores...

O bar tem uma vista muito bonita da covilha. Podem beber cerveja, galão, ice-tea, chá e bica e comer gelados e batatas fritas também...

Enquanto os pais ficam no bar,as crianças deles gostam do parque de crianças que é à direita do bar.

Além disso, há um charco atrás do parque de criança. Há uma ponte em cima do charco e muitos candeeiros que fazem as noites muito bonitas.

Esse jardim é o lugar ideal para descansar, com a vista maravilhosa.

Normalmente, preferimos beber galão que e grande e delicioso enquanto estamos a fazer o trabalho para casa.

Às segundas-feiras, o rapaz brasileiro, chama-se Marco toca o violão e canta muito bem.

Gostamos de passar o tempo e ouvir a música lá.

Tugba Kaplan
Nagıhan Tan
Mıne Durmaz
Aybars Yucesoy



UM FERMENTO MÁGICO

Quando cheguei não acreditava que um lugar muito bucólico escondia, na verdade, um fermento artístico tão interessante. Um fermento artístico que me fez parar para considerar a importância de se exprimir, comunicar e criar.
As cores vivas das casas, as obras de arte, os primeiros indícios para descobrir a essência. Fiquei impressionado por ver como o moderno e o antigo se juntaram em harmonia. A arte moderna, testemunho de toda a história desse lugar. Os protagonistas de tudo isto são pessoas especiais, que me deixaram uma marca e que me arrastaram para a arte deles com a mesma paixão com que eles a vivem.
Tudo pareceu irreal, demasiado bonito para ser verdadeiro. Mas existe e espero que vai difundir em todo Portugal. Paixão não falta a quem vive este sonho e eu procurei colher o mais possível desta experiência.
Depois fiquei muito contente porque eles não pararam de querer fazer-me viver estas sensações, mas deram-me outra possibilidade de vivê-la. Quero ir ao espectáculo que eles vão fazer no início de Setembro para ver de novo aquilo que vi no fim-de-semana passado.
O único medo? Não ter, depois, força para me ir embora.

Luca Farinetti

UM FIM-DE-SEMANA NO ACAMPAMENTO

No último fim-de-semana, nós fomos acampar para Vila Velha de Ródão, numa quinta. Neste local, há uma organização, denominada de CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas), que acolhe e sustenta diversos artistas. Eles trabalham nas mais diversas áreas da arte contemporânea, tais como a pintura, a escultura, o teatro e o cinema.
Os membros da organização trabalham, no fundo, para promover a criação artística contemporânea. Para tal, demonstram a sua arte em locais como escolas ou prisões.
Aquele fim-de-semana permitiu-nos compreender o modo como se pratica a Arte em Portugal.

Renan e Őmer


BENVINDO AO SPORTING CLUBE DA COVILHÃ!

O Sporting Clube da Covilhã é um lugar fantástico onde alguns estudantes gostam de ir para jogar bilhar. É um salão de jogos!
Nós encontrámos por acaso este lugar na primeira semana e agora e teatro de competições internacionais, como por exemplo Itália - Espanha, que já é um desafio habitual do Sporting Clube e apaixona milhões de pessoas no mundo todo.
O dia perfeito do estudante de português prevê ir directamente para o Sporting Clube depois da aula, e não digo “para” porque o estudante vai trabalhar lá, mas porque este género de estudantes gosta de passar o dia todo no salão de jogos ou na proximidade dele. De facto, também o jogador mais calejado procura afastar-se do clube por várias razões. Há sorte quando o estudante tem fome e tem só de atravessar a rua para encher o estômago dele no restaurante Solneve, onde prefere acompanhar a comida com o Conde Julião, um vinho tinto muito amigável.
Depois da sesta no parque no centro da Covilhã, a tarde de jogo pode finalmente começar. O estudante perfeito de português não se esquece de ter uma cerveja fresca perto da mesa de bilhar!
O Sporting Clube fecha às 10h30m da noite, quando é possível atravessar novamente a rua para o jantar. Finalmente o jogador feliz pode ir dormir e depende de quanta aguardente ele tomou no final do jantar poder chegar à residência ou se tem de reservar um quarto no Solneve, que também é um hotel.

Daniele Gabardi

A VIDA DOS CÃES EM PORTUGAL

Existem muito cães sem casa em Portugal, e a Covilhã, como faz parte deste pais, não foge à regra. Eles vivem na rua, comem o nosso lixo para sobreviver. Por isso, eles ficam frequentemente doentes e com um olhar triste e fraco. Mas há as pessoas que dão alimentos a estes animais.
Felizmente, são canis. Há um Canil Municipal em Lisboa, na Guarda, em Castelo Branco e também na Covilhã, entre outros sítios.
Os voluntários dos canis querem dar as melhores condições aos animais. Mas é difícil, porque eles precisam de vacinas e de ser desparasitados de vez em quando e, para tal, necessitam de dinheiro.

Como podes ajudar?
• Adoptar um animal. Atenção! A adopção deve ser uma atitude consciente e não uma decisão tomada por impulso;
• Fazer um passeio com um cão;
• Fazer de donativos (dinheiro). Neste momento, os voluntários dos canis necessitam muito de ração seca para cães e gatos…

Os cães e os gatos estão à espera de uma vida melhor!
Leen



O MEU PARQUE

A três minutos a pé da nossa residência nós podemos encontrar um lugar de oração, onde é possível rezar, mas também encontrar um pouco de tranquilidade para dormir!!!
No centro do parque as pessoas podem rezar aos pés de uma estátua centenária de Nossa Senhora. Ela faz vigília sobre toda a Covilhã e todos os cidadãos.
A guarda voluntária do parque, a D. Cristina Moreira, mora dentro do parque numa casa pequena. O dia de festa deste lugar é 3 de Maio, também todos os Domingos. 3 de Maio é muito importante para as pessoas católicas, muitas pessoas vêm aqui de todas as cidades de Portugal em peregrinação.
Eu vou lá porque me sinto bem. Eu penso na minha mãe, no meu irmão e em todos os meus amigos, e sobretudo na minha vida.
Aquilo é um lugar onde é reservado o direito de admissão e é muito estranho eu poder entrar sem problemas… eu penso que a Mãe do céu tem um pensamento especial por mim!

Valerio Marrone


FESTIVAL EM BELMONTE

Como acontece há três anos, Belmonte acolheu a feira medieval do artesanato. Houve, durante quatro dias, animação nas ruas: cavaleiros, póneis para os mais pequenos, espectáculos. Para além disso, os artesãos mostraram como produzem jóias medievais.
Todos estavam vestidos como antigamente para agradar a pequenos e grandes. A música tradicional e os doces regionais fizeram muito sucesso, segundo a imprensa.
Jil Devaux



ALGUNS DADOS SOBRE A UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

A Universidade da Beira Interior foi fundada em 1986. O fundador foi o Dr. Duarte Simões. Uma parte da universidade era uma transformadora de lãs e outra parte servia de quartel militar.
A 30 de Abril de 1992 a UBI festejou 6 anos. A área total de construção (incluindo cerca de 10 000 m2 destinados a habitação para docentes) atinge 120 000 m2.
O número de alunos tem atingido mais ou menos 5400 (596 alunos de licenciatura e 254 de pós-graduação). Trabalham nesta universidade 605 docentes e 294 funcionários.
Na primeira fase, funcionaram as seguintes unidades científico-pedagógicas:
- ciências exactas
- ciências da engenharia
- ciências sociais e humanas
- artes e letras
Na segunda fase, a UBI conheceu uma expansão através da criação de novas áreas científicas:
- medicina
- arquitectura
Em 1990 havia vários pólos: o número I (19,1 ha), o número II (37,8 ha) e o número III (25,5 ha). Já se construíram mais.
O património físico da UBI até 1991 era da ordem dos 40 milhões de euros. É também o sítio em Portugal onde há mais residências estudantis. Há 1200 alunos que necessitam de ser alojados pela UBI. A área bruta por aluno é de 17 m2, ou seja 20 40 m2 necessários.

Noëlle Cascais

O ENCONTRO COM CULTURAS DIFERENTES

No nosso curso somos cerca de quarenta e cinco estudantes de países diferentes. Moramos juntos na residência. É uma grande experiência para nós.
Muita gente mora, habitualmente, sozinha, mas está a partilhar o com uma pessoa de outra nacionalidade. Penso que esta experiência é mais interessante do que viver com um velho amigo. Esta última situação é mais confortável, mas não é muito diferente da primeira. Prefiro conhecer pessoas novas que se podem tornar, posteriormente, novas amigas. Esta é ainda uma grande oportunidade para conhecer melhor o país do novo companheiro.
Eu, por exemplo, moro com uma rapariga grega. Ela chama-se Dimitra. Às vezes, a nossa comunicação torna-se um pouco difícil, pois temos diferentes pronúncias no que respeita à língua inglesa. No entanto, divertimo-nos muito juntas.
Muitas vezes, fico surpreendida porque algumas coisas perfeitamente naturais para mim são um problema para ela e vice-versa. Penso que o humor grego e o checo são, igualmente, distintos. Por este motivo, já sei quando me devo rir durante uma conversa com uma pessoa de nacionalidade grega. 
Gosto muito de conhecer novas culturas. É interessante e divertido.

Eva

APRENDER LÍNGUAS

Eu e a minha família mudámos para a Noruega há treze anos atrás. Eu tinha dez anos. Não falava norueguês nem inglês. Eu não pude compreender nada. Eu senti-me indefesa, precisamente como agora. Eu traduzi a mesmas palavras muitas vezes, mas não pude lembrar-me.

Este foi um processo muito longo e muito frustrante. Depois de cinco meses eu pude compreender. Depois de oito meses eu falava bem norueguês. Eu espero que o mesmo vai acontecer com o português.

Marina Trifkovic

OS PRÓS E OS CONTRAS DA COVILHÃ

A Covilhã é uma cidade que se situa no centro de Portugal e perto de um famoso conjunto de montanhas denominado de Serra da Estrela.
É muito agradável viajar na Covilhã, porque há imensas actividades interessantes que ajudam a passar o tempo. Para além disso, está recheada de museus e lugares históricos para visitar. No centro da cidade, há muitas ruas bonitas e pequenas para caminhar e conhecer melhor a cidade. A economia, a indústria e a educação são muito evoluídas, devido à Serra, que proporciona os meios necessários à criação de novos produtos.
O clima é bom, permitindo visitas e acampamentos no meio da natureza. Outra actividade que é facilmente realizável nesta zona é o desporto, nomeadamente os mais variados desportos radicais. Há, ainda, imensas festas por toda a parte que levam de imediato à diversão dos seus visitantes. As pessoas são extremamente simpáticas, queridas, prestáveis e estão sempre de barcos abertos para quem vem de fora.
Por outro lado, falta um dos ingredientes principais de quem quer visitar qualquer local no Verão: o mar. Às vezes é muito difícil andar nestas ruas porque fico bastante cansada. Outro dos contras da Covilhã é a falta de variedade no que respeita à vida nocturna. Por este motivo, os jovens não têm muitos meios de diversão. Às vezes, está, igualmente, muito frio e, assim, temos de vestir muita roupa. Outro aspecto menos positivo é o facto de a maior parte das pessoas não saber falar bem inglês, tornando a comunicação um pouco difíceis para os estudantes estrangeiros.
Em suma, a Covilhã é uma cidade que merece ser visitada, pois há nela muito para conhecer. Trata-se de uma cidade, simultaneamente, moderna, histórica e popular. Na Covilhã, pode-se desfrutar de um local aprazível e recuperar forças para continuar a sua vida com alegria. Uma visita à Covilhã é suficiente para os seus visitantes.

Dimitra Bougla

TECO, UM GRANDE PROJECTO PARA A COVILHÃ

Uma das características mais importantes da cidade da Covilhã é as subidas. Não há nenhuma rua plana!
Os sofridos alunos da UBI, que moramos na residência de S. António, fazemos um longo caminho para as aulas, sobretudo ao meio-dia, com o sol e a subida acabamos mortos, sem energia para depois poder estudar para as aulas de português.
Nós temos uma solução óptima; é fácil e barata, ecológica e segura. O nosso projecto chama-se TECO e é um teleférico.
Este teleférico liga a residência, a universidade, a centro comercial (Continente) e a estação de comboios. Desta maneira todos os alunos vão chegar a horas às aulas!

Este novo transporte para a Covilhã impulsionará a economia regional e também será um ponto de interesse turístico.
O estilo será semelhante ao de Eiffel. A capacidade de cada cabine é de 20 pessoas. A energia usada será energia solar.
A Alba, técnica em engenharia ambiental, avalia o projecto em termos ambientais. José Maria, técnico civil, avalia o projecto tecnicamente e o Javier, psicólogo, avalia o óptimo estado mental dos engenheiros mencionados.

Josep Maria Olivé
Javier Garcia Pedraz

RELAXAR NA DISCOTECA
Na segunda-feira fomos à discoteca para o water party. Havia 20 pessoas. Calçámos os chinelos e vestimos os calções – estávamos à espera de muita água. Perguntámos a algumas pessoas como era a festa. Eles disseram que ia ser molhada. Então preparámo-nos muito bem para a water party. Saímos da residência à meia-noite. Fomos para a esplanada para tomar algumas bebidas. Depois fomos para a discoteca.
Depois de entrar vimos que ninguém tinha chinelos porque só havia um pouco de água. Nós – os alunos Erasmus – fomos a atracção principal da discoteca. Dançámos toda a noite e regressámos a casa de manhã. Os nossos amigos Turcos prepararam um pequeno-almoço tradicional. Depois da water party dormimos muito tempo.

Dariusz Sobota
Kaja Sobol
Dorota Wysok

O CAFÉ

O café bebe-se todo o dia, de todas as maneiras, com ou sem leite.
A “bica” é um café muito curto, como o expresso da Itália. Pode tomar-se um “café com cheirinho” (com aguardente). Para uma chávena mais cheia, devemos pedir uma “bica cheia”. Cuidado com os corações sensíveis: esse café é como um foguetão que está prestes a descolar!
O “carioca” é um café mais fraco. O “garoto”, que é café com leite, pode ser claro ou escuro, depende dos gostos das pessoas. Finalmente, o “galão” é um café com leite servido num copo grande e pode, igualmente, ser claro ou escuro.

Elise Fayolle


A MINHA COVILHÃ

A fotografia é uma vista da Covilhã e foi tirada pela janela da minha sala, na residência onde moro com todos os estudantes do curso de EILC. Eu escolhi esta fotografia porque representa a meu ponto de observação da cidade. Todas as manhãs eu vejo a cidade que desperta ao nascer do sol e todas as tardes a vejo deitar-se ao pôr-do-sol. A imagem foi tirada às 7h da tarde: de facto o sol está a descer atrás das montanhas e metade da cidade está já à sombra. Escolhi esta imagem também porque contém muitos lugares importantes para mim na Covilhã.
O prédio vermelho, no lado esquerdo, é a sede da Universidade da Beira Interior, onde temos as nossas aulas. O edifício fica perto da ribeira da Degoldra e foi fundado em 1763 pelo Marquês de Pombal. Então antes de ser uma universidade, o prédio foi uma tinturaria que empregou a energia hidráulica da ribeira na produção. Por isso a universidade tem uma forma muito estranha e não é fácil orientar-se dentro dos corredores dela. Ainda mais, no primeiro andar há o museu de lanifícios que já visitámos. A produção industrial da cidade é muito importante ainda hoje: Covilhã é um dos principais centros do trabalho da lã da Europa. As fábricas produzem cerca de 40 000 km de tecido por ano e são fornecedoras de grandes marcas como Hugo Boss, Armani, Zenga, Marks and Spencer, Yves St. Laurent, Clavin Klein e Christian Dior. O próprio nome da cidade é a soma das palavras “cova” e “lã”, mesmo se ele deriva do nome latino “Cava Juliana”
Olhando a fotografia é fácil compreender que a Covilhã fica numa montanha. Ela foi, na verdade, construída entre 450m e 800m de altitude. Por isso caminhar pela cidade é muito cansativo. Por exemplo, os supermercados não ficam no centro e para ir fazer compras, temos que descer durante 20 minutos e subir pela mesma rua. Às vezes eu fui correr pelo centro com o Renan e o Peter. Nunca fiquei assim, cansado. As ruas na imagem são efectivamente muito íngremes e estreitas e há muitas escadas que sobem e descem pelo bairro velho. Além do mais as ruas não são organizadas segundo uma ordem geométrica e parecem um labirinto. Por isso perdemo-nos muitas vezes durante as nossas corridas.
A parte da cidade na imagem é a mais nova. De facto há muito condomínios e prédios modernos. Eles são bastante altos, mas não são feios porque são rodeados de verdura e a cidade parece integrada na natureza.
Atrás da cidade há também umas montanhas muito agradáveis. Eu gosto muito delas porque no lugar onde moro na Itália também há algumas montanhas, mas a coisa que me atingiu mais é a diferença de cor entre elas. Ao contrário dos Alpes, que têm uma cor verde-esmeralda, as montanhas da Covilhã são verde-pálido misturado com amarelo, portanto quando a luz do sol as ilumina, o solo parece quente. E eu também adoro ver que a luz do céu é mais clara perto do cume das montanhas e parece-me que o calor delas está a descolorar o céu.

Francesco Gallio
AMÁLIA RODRIGUES

A voz mais conhecida em Portugal pertenceu à fadista Amália Rodrigues.
Ela nasceu no dia 23 de Julho de 1920, em Lisboa. Cresceu num meio pobre, mas começou a trabalhar cedo como vendedora de frutas. Em 1935, iniciou a sua carreira como cantora.
Desde 1939, Amália cantou no famoso Restaurante de Fados O Retiro da Severa, em Lisboa. Em poucas semanas, tornou-se uma estrela do fado. A sua relação profunda com o povo garantiu a esta diva muitos fãs. Este grupo de admiradores cresceu ainda mais quando, em 1946, se estreou no filme Capas Negras, momento em que se tornou, igualmente, artista.
No dia 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morreu, em Lisboa. Em 2001, trasladou para o Panteão Nacional. Foi, portanto, a primeira mulher a ser sepultada neste local.
A sua casa na Rua de São Bento foi transformada num museu.

Katrin Timmer

A SERRA DA ESTRELA

A Serra da Estrela é o conjunto de montanhas mais alto de Portugal Continental.
Esta região é profundamente marcada por rios e ribeiras. Por toda a sua área são inúmeros os vestígios da acção glaciar. O clima está sob a influência do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico. A elevada altitude faz com que este seja um dos locais de maior precipitação do país. O ponto mais alto tem 1993 metros de altitude e situa-se no conselho de Seia. A localidade mais alta do país é, por sua vez, as Penhas Douradas (1300 metros).
O animal característico da região é o cão Serra da Estrela. É um animal extremamente belo e grande. Foi e continua a ser um excelente companheiro das pessoas desta zona. Antigamente, a sua função era a de zelar pela segurança dos pastores.
Outro dos ícones da Serra da Estrela é o seu queijo. Este é um produto com muita história. É feito exclusivamente com leite de ovelha, cuja raça é denominada de Bordaleira. A calha é colocada no cincho durante pelo menos trinta dias em câmaras de cura, locais em que a temperatura e a humidade são controladas. O Queijo da Serra tem uma cor amarelada e uma textura amanteigada.
Ainda no que respeita à gastronomia, há alguns pratos típicos da região, tal como o Caldo de Grão à moda da Guarda, que é comido na noite de São João e é composto pelos seguintes ingredientes: grão de bico, carnes, louro, cebola, azeite, alho, noz moscada, presunto, molho de soja e massas. Outra sopa característica desta zona é a Sopa da Beira Baixa. No que respeita ao peixe, o mais conhecido desta região e do país é o bacalhau e é confeccionado das mais variadas formas. Para sobremesa, as pessoas podem escolher muitos tipos de bolos, como por exemplo o bolo de azeite, as talassas, o pastel de molho, alguns tipos de biscoitos, o leite creme, o arroz doce, entre outras coisas.

Elina e Soňa


COMO PROCURAR APARTAMENTO

Todos somos estudantes de Erasmus neste curso, por tanto, o próximo ano precisamos duma morada, ou para 6 meses ou para um ano completo.
É mais fácil procurar para um ano porque os donos querem ter o apartamento ocupado o tempo todo.
Os lugares onde nós podemos procurar um apartamento são anúncios nas ruas, nas universidades, na Internet e nas agências imobiliárias, mas também podemos perguntar aos empregados dos bares, porque eles conhecem tudo!

TIPOS DE APARTAMENTO
Há quartos disponíveis nas casas de família, para morar com uma família portuguesa ou quartos nas residências de estudantes, mas nestes lugares não há muita privacidade.
Nós achamos que é melhor morar num apartamento com portugueses para praticar mais a língua portuguesa.
Em Portugal há diferentes tipos de casas: há apartamentos T1, T2, T3, T4, etc. a diferença entre eles é o número de quartos: o número que aparece depois do “T” é o número de quartos.
É preciso esclarecer que não é fácil procurar casas maiores que T4 porque em Portugal, em geral, não há casas muito grandes. As pessoas aqui têm o hábito de usar a sala de estar como quarto, para pagar menos. Então, um apartamento T3 pode transformar-se num T4.
Os donos, geralmente, não alugam a casa toda. Nos anúncios escrevem alugam-se quartos soltos para nós compartilharmos com outros estudantes. Os preços dependem de muitos factores:
Enquanto no Porto as casas são mais baratas no centro, em Lisboa são mais caras. Isto porque no Porto as casas são muito velhas no centro, enquanto que em Lisboa, nos bairros do centro, como o bairro alto, há um processo de “gentrificação”, que é quando as pessoas boémias com maiores rendimentos (capacidade económica) vão morar para o centro e este fica mais caro, porque fazem reformas nos edifícios…

PORTO
Os bairros mais baratos para morar são o centro e a periferia perto do pólo universitário do norte, mas o centro é mais movimentado / animado.
Os preços variam entre os 125 – 200 € / mês / pessoa.

LISBOA
Em Lisboa os preços são mais caros do que no Porto. No centro, o preço varia entre os 200 – 250 € / mês / pessoa.
Os bairros mais acessíveis nesta cidade são na periferia, por exemplo, se vais estudar na Universidade Lusíada, como o Valerio é melhor morar no Bairro de Belém, que é mais barato e tem muitos meios de transporte para o centro, e também para ir à Costa da Caparica!

UM PEQUENO ESQUEMA PARA TELEFONAR PARA OS DONOS:
- Olá! Bom dia! Chamo-me (O TEU NOME).
- Eu sou um/a estudante de Erasmus nesta cidade e estou a procurar um apartamento para meio ano / um ano. Tem algum quarto livre?
- Quanto custa o aluguer?
- Quantas pessoas vão morar nele?
- Tem janelas? Eu gosto muito de luz!
- O apartamento tem máquina de lavar roupa?
- Tem boas ligações com a universidade / a praia / o centro…?
- Posso ver o quarto? Quando combinamos?
- Muito obrigado / a. Até logo!

Alba Gonzalez
Behnaz Farahati
ENTREVISTA IMAGINÁRIA

Debaixo das árvores do acampamento adormeci… e nos meus sonhos encontrei um português muito famoso…

Daria: Bom dia, senhor Pessoa. Queria fazer-lhe algumas perguntas… é possível?
Pessoa: Sim… com muito prazer!
Daria: Muito obrigada. O senhor é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa. Quantos anos tem?
Pessoa: … No mundo dos defuntos 71 anos, no mundo dos vivos cheguei aos 47 anos… o total é de 118 anos… uma criança, não acha?
Eu nasci a 13 de Junho de 1888, em Lisboa.
Daria: Quem foram os seus pais?
Pessoa: A minha mãe foi Madalena Pinheiro Nogueira e o meu pai foi Joaquim de Seabra
Pessoa… mas infelizmente ele morreu de tuberculose em 1893 e a minha mãe casou-se pela segunda vez com o comandante João Miguel Rosa.
Daria: E esse feito influiu na sua formação artística?
Pessoa: Sim, porque o meu padrasto foi o cônsul de Portugal em Durban e eu passei a minha juventude na África do Sul. Lá, recebi uma educação britânica e por isso os meus primeiros textos foram em inglês.
Daria: Mas depois o senhor voltou para Portugal?
Pessoa: Sim, em 1905 voltei para Lisboa e matriculei-me na Universidade de Lisboa, no curso de letras, que abandonei durante o primeiro ano.
Nessa época entrei em contacto com importantes escritores portugueses que contribuíram para a minha formação.
Daria: E o senhor sobreviveu vendendo os seus textos?
Pessoa: Não só: eu trabalhei em alguns jornais e fiz muitas traduções.
Daria: O senhor é famoso pelos seus heterónimos…
Pessoa: Sim, eu gostava de falar sobre mim, escrevendo carta a mim mesmo. Acho que é um modo interessante de escrever!
Daria: Sobre o que escreveu?
Pessoa: Eu escrevi para várias revistas e publicações ocasionais, quer em prosa, quer em poesia e sobre muitos assuntos, como teologia, ocultismo, filosofia, política, …
Daria: Muita da sua obra saiu depois da sua morte. Qual é um dos seus poemas preferidos?
Pessoa: “Não sou nada
Não serei nada
Não posso querer ser nada
À parte disso, tenho em mim
Todos os sonhos do mundo”
Daria: Uma última pergunta… como é que o senhor abandonou este mundo?
Pessoa: Abandonei este mundo porque eu gostava demais de água ardente… morri de cirrose hepática com estas palavras:
I know not what tomorrow will bring.
Daria: Muito obrigada!
Pessoa: De nada!

Daria Consentino

sexta-feira, setembro 01, 2006

18 de Agosto de 2006 / número 1

Um fim-de-semana em Lisboa

No dia 8 de Agosto a professora perguntou o que é uma tasca:
“casa de pasto muito modesta, taberna” – o dicionário é demasiado sintético, urge uma procura cuidadosa…

No dia 12 de Agosto estive na Tasca do Chico, em Lisboa, para descobrir este lugar misterioso. A primeira impressão é boa, o lugar parece agradável. No tecto estão muitas bandeiras de futebol e nas paredes estão muitas fotografias de cantores e cantoras, creio que famosos, mas desconhecidos para mim com nomes estranhos como Maria Jo Jo.
Tomo uma cerveja com os meus amigos e descubro que os empregados de mesa são amáveis. As pessoas são muitas, as cervejas são boas, muitas palavras passam no ar e com as palavras passa o tempo também. A noite é jovem. É tempo de ir…

Riccardo Tognaccini “Pablo”




A estudante de Português debaixo da Torre de Babel

Na noite de Domingo preparei-me, finalmente, para fazer a entrevista sobre os pratos tradicionais portugueses à vizinha do meu namorado. Mas a senhora decidiu, incrivelmente, sair de casa. Saí depois para procurar um restaurante para jantar com o meu namorado. Resolvi fazer a entrevista a uma senhora portuguesa, daquelas que se encontram pelas ruas. Não andei mais de duzentos metros e encontrei a senhora que precisava.

Ao tentar entrevistá-la descobri que não ia ser fácil como pensava. A senhora não estava disposta a falar dos pratos tradicionais portugueses, com a desculpa de que ela “viveu mais anos na França do que em Portugal”. De facto, começou a falar em francês com o meu namorado. Mostrou-se disposta a acompanhar-nos a um restaurante no centro da cidade, onde íamos poder fazer a entrevista. Aceitei a ajuda dela e fomos até ao restaurante. Olhei para o rosto do meu namorado e percebi que se passava alguma coisa estranha.
A senhora prosseguiu com um andar lento e incerto pelas ruas íngremes, às vezes falava muito tempo connosco, mas eu não entendi nada. Evitou todos os restaurantes pequenos que encontrávamos porque “estão fechados”, não obstante as luzes acesas e os clientes sentados. Levou-nos a uma pastelaria, depois a outra e finalmente levou-nos para o restaurante mais caro do centro da cidade. Explicou que ao empregado que nós queríamos comer e despediu-se de nós. Pedi dois cafés e sentei-me num ângulo escondido, à espera que aquela senhora saísse de vista. Depois, ao falar com o meu namorado, descobri que a nossa guia tão gentil e simpática não falou connosco francês nem português, mas uma mistura das duas línguas.

Chiara Orlandini



Um dia na Covilhã

São 9 horas e os alunos de Erasmus vão às aulas na Universidade da Beira Interior, para estudar português. Há três grupos: dois de primeiro nível e um de segundo nível.
As aulas acabam às 13 horas. Mais ou menos às 10h 30m temos um pequeno intervalo para o pequeno-almoço.
Os alunos vão à cantina da Universidade. Ao almoço alguns vão para a cantina da residência e outros vão para casa deles e cozinham a sua comida.
Depois do almoço, fazemos as actividades do dia: ir à piscina ou aos poços. À segunda e quarta-feira vamos ao polidesportivo jogar futebol ou basquetebol.
Jantamos todos na residência e depois falamos “em português” sobre nós, sobre o dia, sobre os nossos países, sobre Portugal…
Também tomamos cervejas, anis, vinho do Porto, aguardente e mais coisas que apanhamos.

Josep Maria Olivé
Javier Pedraz





O fim-de-semana em Lisboa

Eu e alguns dos meus amigos fomos a Lisboa no fim-de-semana passado. Estivemos lá de sexta a terça-feira. Estes dias foram como umas mini-férias. Saímos da Covilhã às três horas da tarde e chegámos a Lisboa às seis.
Quando lá chegámos, fui beber uma cerveja a um café com o meu namorado, a Jil e a Eva. Fomos ao parque de campismo onde a Benhaz e os seus amigos alemães estavam. Ficava mesmo perto do mar.
Na primeira noite, bebemos e os amigos da Benhaz tocaram guitarra. Foi muito divertido!
No sábado, levantei-me tarde com o sol a acordar-me. Depois, fomos à praia. A água estava muito bonita. Fiquei muito contente por vê-la. Mais tarde, fomos ao centro da cidade. Para lá chegarmos, tivemos de apanhar um autocarro e, depois, um barco. Visitámos muitas coisas, tais como um castelo, praças (Praça Marquês do Pombal), lojas, monumentos, … À noite, encontrámos dois colegas, o Ricardo e o Valerio, e fomos todos para a Baixa, onde bebemos e dançámos até de manhã. Foi espectacular!
A maior parte do dia de domingo foi passada a dormir, pois só acordámos por volta das cinco da tarde. A essa hora, fomos para a praia. À noite, regressámos para o parque e não saímos mais porque estávamos muito cansados.
Na segunda-feira, levantei-me cedo para ir procurar casa, mas não encontrei. À noite, jantámos num restaurante típico. Comi uma sopa e um bacalhau com batatas. Depois, passeámos pela Baixa da cidade e ouvimos Fado num bar. Foi muito agradável, pois encontrámos portugueses e brasileiros e, assim, pusemos o nosso português em prática. Mais tarde, voltámos para o parque.
No dia seguinte, eu a Benhaz, a Jil e o Sylvain levantámo-nos muito cedo (às oito) porque tínhamos autocarro para a Covilhã às dez. Então, tomámos o pequeno almoço no bar do parque. Eu comi um pastel e uma laranja e bebi um café.
Adorei estes dias!

Elise Fayol


O Aniversário do “Pablo”

No dia 10 de Agosto foi o aniversário do Riccardo e nós decidimos fazer-lhe uma surpresa, organizando uma festa na residência. Convidámos todos, os monitores e os professores também. A festa foi no dia 9 de Agosto porque no dia 11 tivemos um teste de português e não quisemos festejar no dia antes do teste.
À tarde, o Francesco, o Peter e o Josep foram até ao supermercado no carro do Peter para comprar as velas, o pão, a Nutella e as cervejas. Todas as compras foram escondidas no quarto da Tugba, no primeiro andar, porque o Riccardo não podia vê-las.
A festa foi no estacionamento da residência porque à noite a temperatura estava muito agradável. Enquanto o Riccardo estava a tomar um duche, o Emre e o Ali trouxeram as mesas para o estacionamento e puseram as bebidas em cima delas.
Quando o Riccardo terminou o duche as coisas não estavam prontas e o Emre falou com ele, perguntou muitas coisas estúpidas para o reter no quarto.
Às 11 horas chegaram os professores e os monitores. Todos tentaram fazer a Rita beber, mas ela teve de conduzir o carro e recusou todos os copos que nós oferecemos.
À meia-noite, seis raparigas desceram as escadas com o pão, a Nutella e vinte e duas velas. Todos cantaram “Parabéns a você”, comeram os bolos e brindaram à saúde do Riccardo. Ele tentou apagar as velas, mas não conseguiu porque eram velas mágicas.
Depois, os amigos da Behnaz tocaram guitarra e também as panelas para marcar o compasso. O Bart tocou com eles e destruiu um tacho no chão. Todos cantaram juntos e fumaram o narguilé deles.
A festa continuou até de madrugada e nem todos foram às aulas no dia seguinte.

Francesco Gallio



A Residência: A mistura de culturas

Quando nos pediram para escrever um artigo sobre as últimas duas semanas, muitos foram os assuntos em que pensámos: a piscina, os poços, as excursões para conhecer a cultura portuguesa. Podíamos escrever muito, mas o evento mais importante deste curso de Português, EILC 2006, é simbolizado pelo encontro de diversas culturas num espaço comum: a RESIDÊNCIA.
Este lugar, situado numa subida, talvez infinita, é dividido em andares onde estão misturadas diversas nacionalidades e onde se sabe existir algumas festas misteriosas…
Esta é a experiência do nosso andar, o segundo.
Como a chegada foi gradual, foi difícil sentirmo-nos como um grupo e foi só com a chegada dos penúltimos que isto começou a mudar. Nesta hora foi claro que esta viagem não ensinaria só a língua portuguesa, mas melhoraria também a apreciação de variadas culturas europeias.
Começámos a partilhar elementos das nossas culturas que são, surpreendentemente, diferentes.
As diferenças chegaram a ser mais evidentes nos assuntos insignificantes, como as horas a que estamos acostumados a jantar, mas nós resolvemos isto com a partilha de diferentes pratos típicos. Não comemos a mesma refeição todas as noites, pelo menos conhecemos os brindes de uns e doutros.
Como resultado destas duas semanas sentimo-nos mais ricos culturalmente e intelectualmente e agora esperamos aprender melhor a cultura e a língua portuguesa.

Jessica Smith
Natascia Nicoleti

A Minha Experiência

Estou na Covilhã há duas semanas. Eu sempre achei que as pessoas do meu país são simpáticas mas estava enganada. Desde que cheguei aqui, mudei de opinião. Agora sei que os portugueses são muito simpáticos. Porquê? Aqui tenho alguns exemplos:
No aeroporto… Desembarquei do avião à noite e não sabia ir para a estação de comboios; um senhor polaco disse-me que o melhor é ir de táxi, mas eu encontrei um senhor português que me levou à estação, mostrou-me onde comprar um bilhete e graças a ele, não tive problemas com a chegada à Covilhã
Na mercearia Eu quis comprar açúcar mas a senhora só tinha açúcar numa embalagem grande. Eu não precisava de tanta quantidade de açúcar como ela me sugeriu e por isso ela deu-me menos açúcar de graça. Os portugueses são formidáveis. Estou muito contente porque tenho a possibilidade de estar aqui.
Dorota WYSOK


As nossas excursões

Quarta-feira, dois de Agosto Covilhã, Museu dos Lanifícios
Aprendemos algumas coisas sobre a História dos Lanifícios e da Covilhã.

Quinta-feira, três de Agosto Belmonte
Primeiro, visitámos o Museu do Azeite e aprendemos alguns dos processos que estão na base da sua produção. Depois, fomos a um Museu relacionado com o rio Zêzere, especialmente sobre a sua evolução e a intervenção do Homem na sua “vida”. Em terceiro lugar, fomos visitar o Museu Judaico, onde vimos imensos objectos relacionados com a cultura judaica. Por fim, visitámos um castelo medieval situado no cume da vila. Tirámos fotografias lindíssimas.

Sábado, cinco de Agosto
Pinhel, Manigoto, Malta
À dez horas, saímos da residência e fomos para Pinhel. Nesse local, visitámos uma igreja e alguns castelos. A seguir, almoçámos maravilhosamente bem. Posteriormente, descansámos nas margens de um rio. Jantámos um prato tradicional acabámos o dia em festa.

Quinta-feira, dez de Agosto Sortelha
A estrada para Sortelha é estreita e cheia de curvas.
Esta é uma aldeia medieval e é lindíssima. Tem uma muralha que abrange uma área relativamente grande e algumas torres no seu interior. As casas são todas pequenas.

Hansjörg Schmidt



As minhas impressões sobre Portugal

Portugal é um país que vale a pena visitar. Todos os anos há imensos turistas que vêm conhecer esta terra. Lisboa é a capital. É das mais antigas capitais da Europa. Tem uma cultura e uma história fantásticas. Esta cidade tudo viu: partidas e reencontros, um terramoto e o desejo da construção de um futuro, alegrias e tristezas.
Lisboa é uma cidade aberta a todos os visitantes, por isso, há diversos hotéis que oferecem imenso conforto. O centro da cidade é bonito. Neste local onde podes tomar café ou comer pratos tradicionais nos diferentes restaurantes e bares. Para além disso, há uma grande oferta de meios de transporte de qualidade, tais como o metro, o autocarro e o comboio, que passam com grande frequência por toda a cidade. A uma hora da cidade fica Alpiarça, que tem uma magnífica vista para o rio Tejo. Este local merece uma visita.
Outra das cidades que se pode visitar é o Porto, que é também lindíssimo e fica perto do mar. Tem, igualmente, belas paisagens. No Porto, há muitas Universidades e uma vida nocturna muito interessante. Como tal, os estudantes divertem-se bastante.
A Guarda, Belmonte, a Covilhã, Sortelha e Aveiro são outros dos locais, mais pequenos, que são dignos de visita. Nas regiões do Interior há imensos museus e montanhas.
Como se pode ver, Portugal, apesar de pequeno, é um país que se deve visitar. Portugal é hoje o que sempre foi: um país de gente simpática, um país do mundo, um país com uma história interessante para descobrir.

Dimitra Bougla


Os lugares mais bonitos da Covilhã

Estou na Covilhã há duas semanas. Se calhar não é o tempo suficiente para conhecer a cidade, mas penso que já vi a maior parte.
Na minha opinião, a Covilhã não é extraordinariamente bela. As outras localidades portuguesas que visitei são mais bonitas. Digo isto, porque é uma cidade industrial com muitos edifícios modernos. Por outro lado, tem também locais muito antigos. Um dos locais mais bonitos da cidade é, a meu ver, o jardim e a praça. Mas o sítio mais bonito é a área da Reitoria da Universidade.
Este edifício é antigo e tem, à sua volta, muros, escadas e banquinhos também antigos. Há um jardim grande e uma fonte. Podemos encontrar amoras pretas por todo o lado. Sinceramente não entendo como é que ninguém as come. As árvores estão cheias de frutos doces. Nós também temos destes frutos na República Checa, mas não são tão grandes.
Este é o meu local preferido da cidade. É o lugar ideal para descansar e estudar!

Eva St´astná


Uma visita a Sortelha

Na quinta-feira, 10 de Agosto de 2006, os alunos do Curso de Verão de Português para Estrangeiros foram visitar a aldeia de Sortelha. Esta aldeia está a 39 quilómetros da Covilhã e de autocarro demora-se uma hora.
O interesse de Sortelha está na sua arquitectura e também na excelente recuperação das casas.
Nós tivemos a oportunidade de visitar o castelo militar, admirar a paisagem do vale e caminhar pelas ruas tranquilamente durante mais de duas horas.
Pudemos caminhar sobre as muralhas que são o perímetro defensivo da aldeia e revelam uma laboriosa adaptação à extrema irregularidade topográfica.
Subimos a torre sineira, próxima da igreja matriz de Nossa Senhora das Neves que tem dois sinos da Fundação Braga e visitámos o Museu do senhor José Ruiz, perto da casa Árabe.
O senhor Ruiz disse-nos que actualmente só moram, na aldeia de Sortelha, 15 pessoas, porque a população instalou-se num arrabalde. Lá moram 90 pessoas, na maioria pensionistas.
No museu encontram-se muitas coisas antigas da vida da aldeia. Depois de assinar o livro de visitas, fomos às sepulturas antropomórficas, ao lado da Igreja da Misericórdia de Santa Rita, no exterior das muralhas. Vimos as casas típicas Beirãs. Estas têm dois pisos e são construídas com rochas típicas da região. Têm poucas portas e janelas e uma escada exterior para o segundo piso.
Uma visita a Sortelha não fica completa sem ver, tranquilamente, o Pelourinho.
A visita foi muito interessante e todos a apreciámos.

Guilhermo Perez- Bustamante



Excursão no Sábado, dia 5 de Agosto de 2006

No primeiro Sábado em Portugal fomos para Pinhel. A partida foi marcada às 10 horas, ao lado da residência. Como sempre, saímos atrasados porque é muito difícil levantar cedo, depois de uma noite muito comprida…
No autocarro houve muito silêncio porque quase todos adormecemos. De facto, quando chegámos a Pinhel fomos a um bar tomar um café ou um chá.
Depois fomos ver as muralhas e o castelo da vila. Esteve muito calor. A vila de Pinhel é bonita e vimos a paisagem da torre do castelo.
Seguidamente, fomos de autocarro para o restaurante. O nosso almoço foi muito agradável: quer a sopa, quer o assado e o doce estavam deliciosos. Este almoço foi um presente do presidente da Câmara de Pinhel.
Às quatro horas da tarde fomos ao Manigoto, para ir para a piscina, mas estava cheia, por isso estivemos uma hora no parque ao lado da piscina. Ali, enquanto uns estiveram a conversar, outros estiveram a jogar póquer (não com dinheiro, mas com algumas pedras para passar tempo).
Depois, às 5 horas fomos à piscina. O tempo estava muito bom, sem nenhuma nuvem e por causa do calor quase todos mergulhámos na água. As outras pessoas estiveram a apanhar sol.
Mais tarde fomos para Malta, onde jantámos pratos típicos (sopa de legumes, peixe e carne assados e para terminar um melão) e tentámos falar português com os empregados.
Seguidamente, as pessoas daquele sítio mostraram-nos uma dança típica, muito alegre. Enquanto uns estiveram a dançar, outros estiveram a conversar na rua, à frente do restaurante.
Mais tarde viemos para a residência e, no autocarro, adormecemos quase todos porque estávamos muito cansados, poucos tiveram forças para ir dançar no centro da cidade, quando chegaram à Covilhã.

Daria Cosentino



Belmonte, uma pequena comunidade judaica

No século XII, os primeiros reis portugueses foram buscar alguns imigrantes para o país para povoar estas paisagens conquistadas aos mouros. Nesse tempo, formaram-se as primeiras comunidades judaicas, onde viveram mais de dez judeus.
No século que se seguiu, o convívio entre judeus e cristãos tornou-se muito complicado. Os judeus não podiam ter empregados e cristãos e, mais tarde, deixaram de poder ter negócios. Em 1492, os reis espanhóis ordenaram a todos os judeus que abandonassem Espanha. Aproximadamente 50000 pessoas vieram para Portugal. Em 1515, D. Manuel I solicitou à Inquisição que estabelecesse a sua força. Em 1536, D. João III instituiu-a, facto que foi abolido apenas em 1820.
Ao longo de todos estes séculos, houve uma pequena comunidade judaica que sobreviveu. No entanto, foi descoberta, apenas, em meados do século XX. De alguns dos preceitos judaicos que mantém, destacam-se os seguintes: Yom Kippur, Sokut, Simhat, Torah, Purim, Pessah e Sabout. Continuam a celebrar, igualmente, o Hanuhah, que é uma espécie de um “Natal pequeno”.
Hoje, Belmonte é uma vila pequena com uma igualmente pequena comunidade judaica e uma história única e muito interessante.

Katrin Timmer



Entrevista à Drª. Sofia Correia Lemos


Como se chama?
Sofia Maria dos Reis Ferreira Correia Lemos

Qual é a sua profissão exacta?
Sou responsável pelo Gabinete de Programas e Relações Internacionais.

Porque escolheu esta profissão?
Escolhi esta profissão devido à diversidade de tarefas relacionadas com o trabalho que desempenho, nomeadamente, o programa Sócrates/Erasmus, Fulbright, entre outras. É um trabalho bastante aliciante e gosto muito do que faço.

Há quantos anos trabalha aqui?
Trabalho na UBI há 6 anos.

Gosta do seu trabalho? Qual é a melhor parte?
Gosto muito do contacto directo com os alunos e com as universidades parceiras.

Quais são as suas atribuições?
As minhas atribuições são diversas, nomeadamente a preparação da candidatura, a implementação, o acompanhamento e elaboração dos relatórios Sócrates/Erasmus. Sou também responsável pela atribuição de estágios IDESTE: selecção dos candidatos, passando pelo processo de candidatura do estudante à empresa em causa, até à elaboração de candidaturas a Bolsa de parceria Fulbright com outras instituições e para os Estados Unidos da América. Apoio a vinda e estadia de investigadores procedentes de países europeus (Centro de acolhimento de investigadores em parceria com o Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior – GRICES), entre outras.

O que acha dos alunos deste Curso de Verão?
São muito simpáticos, sociáveis e empenhados. Demonstram uma grande vontade em aprender português.

Qual é a sua relação com eles?
Penso ter uma boa relação com todos os alunos.

Tem contacto com antigos alunos?
Tenho com alguns estudantes Erasmus.

Com que países gosta mais de trabalhar?
Gosto de trabalhar com todos.

Com quantas universidades a UBI tem acordos?
Tem 87 acordos Sócrates/Erasmus.

Como se faz a promoção na UBI no mundo?
Fazemos através da Internet, http://www.ubi.pt/ e envio de panfletos informativos.

Quantos alunos já passaram aqui?
Já passaram imensos estudantes, possivelmente, cerca de 500.

Como acha que os estrangeiros vêem Portugal?
Adoram Portugal e têm pena de regressar ao seu país.

Por fim, quais são as qualidades da Covilhã para receber estrangeiros?
A Covilhã e a UBI têm óptimas condições para receber estudantes estrangeiros, nomeadamente as residências universitárias, as instalações da própria universidade e a própria qualidade do ensino administrado na UBI. A cidade tem demonstrado ser uma boa anfitriã no acolhimento dos estudantes estrangeiros.

Noëlle Cascais


Uma aldeia histórica chamada Sortelha

Sortelha, lugar repleto de granito, é uma das mais bem preservadas aldeias medievais de Portugal.
Esta localidade foi fundada em 1228 por D. Sancho I, rei de Portugal, e renovada por D. Manuel em 1527. O seu castelo fica no ponto mais elevado da aldeia. Além deste, são notáveis a igreja, que data do século XIV, algumas sepulturas medievais escavadas nas rochas, a torre e o pelourinho manuelino. Nesta aldeia existem três portas: a Porta da Vila – a Este –, a porta Nova – a Oeste – e a Porta Falsa – a Noroeste. Em redor da aldeia, há muralhas em forma de círculo.
Este castelo fica nas montanhas e tem um estilo românico e gótico. As ruas são muito estreitas e as janelas e as portas são pequenas.
Nós gostámos muito de visitar Sortelha e recomendamos a todas as pessoas a passagem por este castelo medieval.

Soňa Brázdová
Elina Brimerberga
Noites na Covilhã
A Covilhã tem uma noite muito boa para festejar. Muitos jovens dançam toda a noite. Há mais de cem discotecas. A primeira chama-se Chemistry e tem festas todas as noites, mas à quarta-feira há festa de mulheres, que têm direito a quatro bebidas.
A segunda chama-se Espaço Covilhã mas a maior e melhor é a Residência. Esta é a esquerda da cidade, na Serra da Estrela. A bebida especial da Residência é a aguardente. Os empregados do bar são muito famosos e o primeiro é o Valério: ele prepara pastis com água e tequilha com sal e limão nos aniversários. Por isso, vocês vão gostar destas noites engraçadas. Bem vindos à Covilhã!
Tugba KAPLAN
Meltem UNAL
Nagihan TAN

Os bombeiros da Covilhã
À descoberta das pessoas que vigiam os nossos sonos

Como todas as pessoas da Covilhã, também os bombeiros ficaram muito contentes por nos encontrar. Os bombeiros ficaram também contentes porque nós quisemos fazer uma entrevista com eles. O Sr. Comandante respondeu às nossas perguntas sobre os bombeiros.

Qual é o treino dos voluntários?
Os candidatos ao tirocínio de bombeiro ingressam através de requerimento dirigido ao Sr. presidente da direcção, para que este se digne levar ao conhecimento do Sr. Comandante a sua admissão, onde se propõem a acatar todas as ordens que lhes sejam emanadas; a sua formação passa por uma escola de aspirantes onde lhes é ministrada formação em áreas tais como química do fogo, hidráulica, topografia, comunicações, combate a incêndios estruturais, combate a incêndios florestais, combate a incêndios industriais, matérias perigosas, salvamento e desencarceramento, salvamento em grande ângulo de socorrismo.

Vocês têm muitas brigadas móveis?
O corpo de Bombeiros Voluntários da Covilhã, conta com equipas de intervenção na área da emergência-pré-hospitalar, tem um grupo de resgate e salvamento, grupos de salvamento e desencarceramento e, na campanha dos fogos florestais, dispõe de três grupos de 1ª intervenção de combate a incêndios.

Quantos voluntários há numa brigada móvel?
O número de elementos de cada brigada varia consoante a função da mesma; ou, por exemplo, um grupo de combate a incêndios é constituído por cinco elementos, enquanto que para uma equipa de salvamento e desencarceramento temos que dispor de seis homens. Numa equipa de emergência-pré-hospitalar contamos com três elementos.

São frequentes os incêndios? Que tipo de incêndios vocês têm? Quantos são criminosos?
A frequência dos incêndios é relativa, temos incêndios florestais, urbanos, industriais e por vezes em automóveis. A sua origem é, na maioria dos casos, desconhecida.

Que outras intervenções fazem?
Os bombeiros devido á sua fusão com o serviço nacional de protecção civil têm uma área de intervenção muito vasta, por isso podemos dizer que aos bombeiros cabe responder a todos os pedidos de socorro que lhes sejam solicitados e desde que estejam em perigo bens ou vidas, prevenir e sensibilizar a população dos cuidados a seguir.

Os meios e os voluntários são suficientes?
Actualmente com o evoluir das tecnologias e de uma sociedade cada vez mais exigente, os meios tanto a nível material como humano tornam-se insuficientes.

Que áreas de competência vocês têm?
Aos Bombeiros Voluntários da Covilhã compete o socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades.
São frequentes os acidentes de trabalho entre os voluntários? Vocês têm uma reforma para os voluntários inválidos?
Felizmente, e graças à formação e informação, os acidentes são poucos, embora por vezes aconteçam. Acontecendo, os bombeiros estão assegurados por um seguro de acidentes pessoais, nos casos mais graves de morte ou invalidez permanente os bombeiros estão ainda abrangidos pelo estatuto social do bombeiro, o qual assegura uma pensão em caso de incapacidade vitalícia.

O Sr. Comandante foi muito disponível como todos os outros bombeiros e agora nós temos uma ideia exacta dos Bombeiros Voluntários da Covilhã e do trabalho deles. A nossa impressão sobre eles é muito boa e esperamos que mais portugueses se tornem voluntários para ajudar e salvar a população.

Daniele Gabardi
Luca Farinetti
Valerio Marrone



O Terramoto que modificou o mundo


No dia 11 de Novembro de 1755, Lisboa foi quase completamente destruída. Diz-se que o terramoto teve uma intensidade de 8,5 a 9 na escala de Richter.
Adicionado ao terramoto houve um “Tsunamie” (maremoto) que inundou a cidade ao mesmo tempo. Tudo o que não foi destruído no terramoto foi destruído pelo fogo. O fogo foi causado pelas inúmeras velas das igrejas e durou aproximadamente uma semana. No terramoto de Lisboa morreram mais de 100 000 pessoas. Foi perceptível na Finlândia e em África.
Cerca de 85% dos edifícios de Lisboa foram destruídos e muitos tesouros culturais da cidade também, por exemplo, a Biblioteca Nacional com 70 000 livros antigos.
Além disso o terramoto teve consequências grandes para a ciência e a cultura. Depois do terramoto começou a sismologia moderna e os homens descobriram, pela primeira vez, o comportamento curioso dos animais antes de um terramoto.
As consequências verificaram-se, sobretudo, na filosofia do iluminismo e na teologia. Surgiram questões grandes como:
- Porque é que um Deus bondoso permitiu este grande mal no mundo?
- Porque é que atingiu a capital de um país católico?
- Porque é que foi no dia de Todos os Santos?
- Porque é que muitas igrejas foram destruídas e o bairro de prostitutas, em Alfama, foi poupado?

Behnaz Farahati

Covilhã
A Covilhã é uma cidade bonita, aberta para os estrangeiros. Os habitantes da Covilhã são muito simpáticos e encorajam-nos a falar português.
Eu gosto muito da vista para as montanhas e da paisagem à volta da Covilhã. 0s professores e os monitores demonstraram a cultura de Portugal pelas viagens, aulas e histórias; tudo é surpreendente, mas, às vezes, cansativo.
Muito obrigada pelo vosso empenho!
Kaja SOBOL

Entrevista a Carlito Mota

Umut e Renan: Desculpe, nós somos estudantes e estamos a aprender português. Temos de fazer uma entrevista a uma pessoa que fale português. Podemos fazer-lhe algumas perguntas?
Carlito: Sim, claro.

U. e R.: Muito obrigado!

U. e R.: Como é que se chama?
C.: Chamo-me Carlito Mota.

U. e R.: Quantos anos tem?
C.: (Não quis resposnder).

U. e R.: Mora na Covilhã há muito tempo?
C.: Moro cá desde o dia 23 de Setembro de 2001.

U. e R.: De que país vem?
C.: Venho de Timor-Leste, o primeiro país do terceiro milénio.

U. e R.: Gosta de viver na Covilhã?
C.: Sim, gosto, porque é uma cidade bonita.

U. e R.: O que é que faz?
C.: Sou estudante de Língua e Cultura Portuguesas.

U. e R.: Onde é que morou antes?
C.: Morei em Dili, Timor-Leste.

U. e R.: Porque é que deixaste o teu país?
C.: Deixei o meu país porque queria estudar em Portugal.

U. e R.: Vai ficar aqui até quando?
C.: Até acabar o curso, que é de cinco anos.

U. e R.: O que achas sobre a UBI?
C.: É uma Universidade com muito bons professores, mas, por outro lado, é extremamente dispendioso estudar cá.

U. e R.: O que é que vai fazer quando concluir o curso?
C.: Vou dar aulas para o meu país.

U. e R.: Então quer voltar para lá.
C.: Sim, quero.

U. e R.: Tem família em Timor-Leste?
C.: Sim, tenho.

U. e R.: É casado?
C.: Sou.

U. e R.: Muito obrigado pela disponibilidade.
C.: De nada.

Umut Sőylemez
Renan Gueguen

Uma aventura em Lisboa

Eu e alguns dos meus colegas do Curso fomos a Lisboa e ficámos durante quatro dias num parque de campismo da cidade.
Nesses dias, andámos em diversos meios de transporte, tais como o barco e o autocarro. O nosso objectivo era procurar casa. E procurámos, mas não encontrámos nenhuma com as condições que pretendíamos.
Fizemos inúmeras coisas! O que mais me marcou pela positiva foi o momento em que ouvimos Fado num bar. Também gostei muito de nadar no mar, apesar de estar frio. O mar de Lisboa é tão limpo!
No último dia, tivemos de regressar. Por isso, apanhámos o autocarro para a Covilhã. Quando cheguei às residências, fiz os meus trabalhos de casa e dormi.

Jil Devaux



A história do João

Ontem à tarde, fui andar na Serra. Estava muito calor. Uma hora e trinta minutos depois de ter começado a caminhada, vi uma pequena casa. Quando cheguei perto da casa, vi um senhor velho. Ele estava a descansar numa cadeira verde. Ao lado da casa, havia três oliveiras.
Um cão correu na minha direcção. Nesse momento, o senhor acordou.
– Boa tarde, menina. – disse.
– Boa tarde, senhor. Desculpe o barulho.
– Chamo-me João. De onde vem?
– Venho da Covilhã. – respondi.
– Ah, da Covilhã! Moro lá no Inverno, porque no Inverno faz muito frio aqui.
– E o que faz às ovelhas?
– Elas ficam aqui, pois, como têm lã, não têm frio. Trago comigo os meus burros. Eles conseguem transportar muitas coisas. O que deseja beber?
– Uma água, por favor.
– Está bem! Tenho água do rio Zêzere. É muito refrescante.
– Conhece o Zêzere?
– Conheço. Tem cerca de duzentos quilómetros de extensão. De vez em quando, consigo ver uma toupeira de água, porque a água é muito limpa. Aqui tem um copo grande de água.
– Muito obrigada! Que flores fantásticas são estas?
– Oh! Chamam-se Saesifraga Stellaris. Em Portugal, esta planta surge apenas nas nascentes da Serra da Estrela.
– Uau! Elas são muito bonitas! A paisagem também é bonita. Quero morar aqui na Serra. A tranquilidade que se sente e a natureza são fantásticas.
– Sim, mas os fogos são horríveis … Choro quando vejo uma árvore a arder. O sol está a pôr-se, por isso está na hora de ir para casa. Quando está escuro, é muito difícil ir para casa.
– Muito obrigada, João. Gostei muito da sua história de vida.
– Até logo!
– Para a semana venho outra vez. Até logo!
Leen de Haech



Os Desportos


Nós fazemos muitos desportos (ou exercícios) na Covilhã. Estes desportos são de muitos tipos:

- Nós praticamos, todas as terças e quintas-feiras, desportos no pavilhão da universidade. Geralmente jogamos futebol, mas também jogamos basquetebol. Praticamos durante uma hora e meia mais ou menos, porque não podemos resistir mai. Os dias do curso e as noites são muito esgotantes.

- Há outro tipo de desporto que também praticamos: a natação. Quando vamos à piscina ou aos poços, nós apanhamos sol, nadamos na água e damos saltos. É muito divertido mergulhar na água e depois de um salto abrir os olhos debaixo de água.

- Há um terceiro tipo de desporto, mas pode não se entender como tal. Este exercício é o mais constante de todos. O andar. Andamos para todos os lugares. Quando vamos às aulas, quando voltamos à residência, quando vamos fazer compras, quando caminhamos pela cidade…

- À noite podem praticar-se muitos outros, no entanto, disso fala cada pessoa.

Alba Hodei Nieto



Entrevista a Jenildo Costa

Ali e Őmer: Qual é a sua idade?
Jenildo: Tenho vinte e seis anos.

A. e Ő.: Qual é a sua profissão?
J.: Sou estudante.

A. e Ő.: Qual é o curso que frequenta?
J.: Frequento Economia.

A. e Ő.: O que é que vai fazer quando terminar o curso?
J.: Depois do curso, quero criar uma empresa.

A. e Ő.: De onde vem?
J.: Venho de Timor.

A. e Ő.: Onde fica Timor?
J.: Timor fica entre a Indonésia e a Austrália.

A. e Ő.: Onde é que a sua família se encontra neste momento?
J.: A minha família está em Dili, a capital de Timor.

A. e Ő.: Quantos irmãos e irmãs tem?
J.: Não tenho irmãs, só irmãos: três.

A. e Ő.: O que acha da Covilhã?
J.: Penso que é uma cidade bastante calma para os estudantes e, para além disso, é uma zona turística muito agradável.

A. e Ő.: Como é o clima nesta cidade?
J.: No Verão, é quente.

A. e Ő.: Há quanto tempo está em Portugal?
J.: Há quatro anos.

A. e Ő.: Qual é a sua opinião sobre o país?
J.: Portugal é um país civilizado e tem uma cultura fantástica.

A. e Ő.: Visitou mais algum país da Europa para além de Portugal?
J.: Sim, visitei a Espanha.

A. e Ő.: No total, quantas línguas fala?
J.: Falo quatro línguas: indonésia, tétum, português e malaio.

A. e Ő.: Obrigado pela colaboração.
J.: Foi um prazer.

Ali Gűller
Őmer Sen


A Covilhã

Chamo-me Aleksandra e tenho vinte e dois anos. Sou polaca. Vim para a Covilhã aprender português. A Covilhã é uma cidade muito bonita.

Há quarenta e três pessoas de países diferentes. Todas aprendem português na Universidade da Beira Interior. De manhã estudamos e à tarde vamos de viagem, ver castelos, museus e à piscina. À noite, todos se divertem muito. Vamos ao café e convivemos. TODOS SÃO MUITO SIMPÁTICOS.

Aleksandra POREBSKA




Viagem para Lisboa

Este fim-de-semana nós fomos para Lisboa. A viagem da Covilhã dura quatro horas.

Agosto é a época alta e é difícil encontrar alojamento. Nós estamos com sorte e encontrámos um alojamento que é central e barato.

A cidade está sempre cheia. Há muitos turistas durante o dia. Eles vão em grupo e estão sempre a tirar fotografias de tudo. À noite nós fomos para outra parte da cidade. Na rua há restaurantes e o ar cheira a peixe grelhado, pimentos assados e perfume.

Depois os bares substituem os restaurantes; os jovens estão nas ruas e a festa dura toda a noite.

No segundo dia fomos para a praia. Apanhámos o comboio para Cascais. A viagem dura meia hora. O tempo está muito bom e a praia é fantástica.

Marina TRIFKOVIC